Datafolha: Marçal cresce e empata com Boulos e Nunes na disputa eleitoral em SP
Levantamento ouviu 1.204 eleitores na capital e está registrado na Justiça Eleitoral sob o número SP-08344/2024
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-1h7oq03c2h7as.png "Da esquerda para a direita, os líderes da corrida eleitoral em SP: Boulos, Marçal e Nunes")
O influenciador Pablo Marçal (PRTB) subiu sete pontos em duas semanas e agora está empatado na liderança da corrida eleitoral pela Prefeitura de São Paulo, conforme pesquisa de intenção de voto do Datafolha divulgada nesta quinta-feira, 22. Ele atingiu 21%, nível semelhante ao do deputado Guilherme Boulos (PSOL), que variou de 22% para 23%, e ao do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que caiu de 23% para 19%.
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O levantamento ainda aponta que Marçal superou o prefeito em números e passou à frente do apresentador José Luiz Datena (PSDB), que também tinha alcançado 14% na pesquisa anterior, caindo agora para 10%.
Depois, aparece a deputada Tabata Amaral (PSB), que teve uma leve variação de 7% para 8%, seguida pela empresária Marina Helena (Novo), que manteve seus 4%. A pesquisa também mostrou que 8% dos eleitores pretendem votar em branco ou nulo, uma queda em relação aos 11% anteriores, enquanto 4% não souberam responder, um aumento em relação aos 3% da pesquisa anterior.
A margem de erro do levantamento, realizado na terça-feira, 20, e quarta-feira, 21, é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Encomendada pela Folha de S.Paulo e pela Rede Globo, a pesquisa ouviu 1.204 eleitores na capital e foi registrada na Justiça Eleitoral com o número SP-08344/2024.
Crescimento de Marçal
O crescimento do ex-coach na pesquisa Datafolha o coloca como um destaque nesta eleição na maior cidade do Brasil até agora, impulsionado por uma forte presença e engajamento nas redes sociais, combinado com uma imagem de oposição ao sistema tradicional.
Sem experiência política anterior e rodeado de controvérsias devido ao seu passado — que inclui uma condenação criminal, uma postura agressiva contra adversários, falta de propostas viáveis, ligações suspeitas de seus aliados com o crime organizado e desrespeito pelas regras eleitorais e pela Justiça — ele sequer era considerado um candidato viável até maio.
Agora, conforme mostra a pesquisa espontânea, onde o eleitor menciona seu candidato preferido sem consultar uma lista, ele saltou de 1% no final de maio para 13%. Boulos mantém a liderança com 17% (ante 13% em maio), e Nunes variou de 9% para 7%.
Entre os grupos mais relevantes, Marçal está à frente no eleitorado masculino (48% da amostra, com uma margem de 4 pontos), com 28%, seguido por Boulos com 22%, e Nunes com 18%. Entre os 43% dos eleitores com escolaridade média (também com 4 pontos de margem), ele obtém 26%, enquanto o prefeito e o deputado empatam com 19%.
Já entre os eleitores mais pobres, que representam 36% da amostra e ganham até 2 salários mínimos (com margem de 5 pontos), há um empate quádruplo: os três primeiros colocados no geral têm 18%, e Datena aparece com 15%. No grupo tradicionalmente bolsonarista dos evangélicos, que compõe 23% dos entrevistados e tem uma margem de 6 pontos, Marçal lidera numericamente com 30%, contra 22% de Nunes.
A pesquisa também revela uma preocupação para Nunes, que tem enfrentado uma queda em sua avaliação. Na rodada anterior, ele já havia caído de 31% para 26% de aprovação e agora registra 25%, enquanto sua reprovação subiu de 22% para 25%, igualando-se ao índice de ótimo/bom. Já 48% avaliam sua gestão como regular, um número que praticamente se manteve estável em relação aos 47% anteriores.
O Datafolha também perguntou sobre o entusiasmo dos eleitores em relação à eleição. Disseram estar muito motivados para votar 38%, enquanto 30% afirmaram o contrário.
