Joice Hasselmann não é eleita, se aposenta da política e xinga Nunes: ‘Bunda-mole’
Com uma taça de champanhe em mãos, por mais que tenha xingado o atual prefeito, declarou voto a ele no 2º turno
Joice Hasselmann (Podemos), que já foi a deputada federal mais votada de São Paulo, recebeu 1.673 votos neste domingo, 6, e não se elegeu como vereadora. Após a apuração das urnas da cidade, ela apareceu nas redes sociais com uma taça de champanhe em mãos, anunciou “aposentar as chuteiras” e xingou Ricardo Nunes (MDB) de “bunda-mole” --apesar de também ter declarado voto a ele no segundo turno contra Guilherme Boulos (PSOL).
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“Nem posso titubear em quem eu vou apostar, obviamente Ricardo Nunes porque é todo mundo contra Boulos”, começou Joice. “Não é porque eu acho Ricardo Nunes grandes coisas, eu acho ele um p* de um bunda-mole, porque comigo ele foi um bunda-mole. Bastou Eduardo Bolsonaro fazer ‘Bu, Ricardo’, que ele se tremeu todinho. Ficou todo: ‘Ai, nem conheço a Joice direito’. Depois de ter dado apoio a mim”, explicou.
“Mas mesmo ele sendo um bunda-mole eu prefiro um bunda-mole do que um esquerdista. Então vamos juntos com Ricardo Nunes”, finalizou.
Já sobre sua carreira política, explicou que entrou nesta corrida eleitoral sem grandes pretensões. “Não consegui ser eleita e quero brindar esse champanhe com você. Por que? Porque nessa campanha eu não falei pra ninguém, mas estava em suas mãos a decisão do que eu ia fazer pra minha vida. E eu decidi, depois desse resultado, aposentar as chuteiras”, anunciou, dizendo que não será mais candidata a nada.
Ao contar sobre sua motivação, Joice explicou que “ganhava muito dinheiro” como jornalista antes da política e que teve que abrir mão de sua carreira para seguir como candidata. “A população não está preparada para votar no que é bom, bonito e agradável aos olhos do Senhor”, complementou.
2º turno em SP
Após corrida eleitoral acirrada marcada por polêmicas, agressões, laudo falso e recorde de debates, o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) seguem para o segundo turno em São Paulo. Pablo Marçal (PRTB) foi uma ameaça real para os adversários, mas acabou ficando de fora da disputa. Agora, fica para o dia 27 a decisão dos eleitores de quem ocupará o cargo de prefeito da mais rica e populosa cidade do Brasil.
O candidato do MDB somou 29,48% (1.801.139) dos votos válidos, enquanto o do PSOL apareceu com 29,07% (1.776.127 votos). Pablo Marçal ficou na terceira colocação com 28,14% (1.719.274 votos) -- uma diferença de 56.853 votos para alcançar Boulos.
Também disputaram as eleições Tabata Amaral (PSB), Datena (PSDB), Maria Helena (Novo), Altino Prazeres (PSTU), Bebeto Haddad (DC), João Pimenta (PCO) e Ricardo Senese (UP). Confira a apuração completa de votos da cidade de São Paulo:
Total de votos válidos, com 100% das urnas apuradas
• Ricardo Nunes (MDB): 29,48% (1.801.139 votos)
• Guilherme Boulos (PSOL): 29,07% (1.776.127 votos)
• Pablo Marçal (PRTB): 28,14% (1.719.274 votos)
• Tabata Amaral (PSB): 9,91% (605.552 votos)
• Datena (PSDB): 1,84% (112.344 votos)
• Maria Helena (Novo): 1,38 % (84.212 votos)
• Ricardo Senese (UP): 0,09 % (5.593 votos)
• Altino Prazeres (PSTU): 0,05 % (3.017 votos)
• João Pimenta (PCO): 0,02 % (960 votos)
• Bebeto Haddad (DC): 0,01 % (833 votos)
• Votos nulos: 6,24% (422.802 votos)
• Votos brancos: 3,57% (241.734 votos)
• Total de votos válidos: 6.108.218