Marqueteiro de Nunes afirma que agressão por assessor de Marçal foi premeditada: ‘Recebe ordens’
Duda Lima desabafou sobre a situação e disse estar de 'alma lavada' após imagens mostrarem que ele não agrediu ninguém
-1jy7orqt0u4hi.png "Redação Terra"){kind=small}
-rhg1q3qpigxk.jpg)
-rhg1q3qpigxk.jpg)
O marqueteiro Duda Lima, que integra a equipe do candidato à prefeitura de São Paulo Ricardo Nunes (MDB), tem certeza que a agressão por parte do assessor de Pablo Marçal (PRT) foi premeditada. Ele alega que não agrediu Nahuel Medina, e que a camiseta do suspeito foi rasgada por um advogado da equipe do ex-coach.
Acompanhe a cobertura completa das Eleições 2024 no portal Terra e fique por dentro de todas as notícias.
A fala foi dita pouco antes do debate pelo jornal Folha de S.Paulo e pelo UOL, em uma coletiva na manhã desta segunda-feira, 30. O caso envolvendo Lima ocorreu no último dia 23, durante um debate organizado pelo Grupo Flow. Ele levou um soco, saiu com o rosto sangrando e precisou levar seis pontos próximos do olho esquerdo.
O marqueteiro alega que estava de “boa” e somente foi afastar o celular de Medina, momento em que levou o soco. “Eu não dei um tapa [no celular], eu afastei o celular dele, e com toda a educação, eu saí. Ele disse que foi agredido e que eu rasguei a camisa dele. [...] O advogado rasgou a camisa do Medina para fazer uma prova falsa”, prometeu.
Um vídeo registrado por câmeras de segurança do Esporte Clube Sírio mostra o advogado Tassio Renan mexendo no colarinho da camisa de Medina, após a agessão. A gravação foi divulgada nesta segunda-feira, 30. As imagens mostram Marçal e Tassio aguardando a entrada de Medina em uma sala. Em seguida, os três começam a conversar. O videomaker tira o celular do bolso para exibir algo e Tassio, então, começa a mexer no colarinho da camisa de Medina. (veja abaixo)
Sobre as imagens, Lima afirmou que vai “caçar a OAB” do advogado. O integrante da equipe de Nunes também afirmou que está em “alma lavada”, que tudo foi “premeditado e não passou de uma farsa”.
“Descobrimos a farsa. [Vou tomar] todas as providências legais. Como é que pode alguém desse jeito, dessa natureza querer disputar a eleição? A pessoa é completamente desequilibrada. Eu tenho certeza que foi premeditado. Gente, eu estava de boa. Ele me pegou por trás, por aqui [pela lateral da cabeça]. Para quê? Isso não é democracia, não é isso que a gente quer numa eleição. É esse mundo que a gente está vivendo. Eu estava lá, mas poderia ser qualquer um de nós. Ele só queria causar. Eu só queria trabalhar, assim como todos vocês estão. A gente não pode nem fazer isso agora”, desabafou.
Perguntado se ficaria no estúdio durante o debate, Duda Lima disse que estava pensando se iria ou não, e se emocionou.
Ainda com a voz embargada, ele explicou que teve um descolamento do vítreo devido à agressão e que está retina está exposta, mas está bem.
O marqueteiro finalizou a entrevista dizendo que “tem dó” de Medina, pois ele recebe “ordens de Pablo Marçal".
Medida protetiva
Na última sexta-feira, 27, a Justiça de São Paulo concedeu uma medida protetiva a Duda Lima, que fez o pedido após a agressão de Nahuel Medina. Com isso, o assessor de Marçal não pode se aproximar do marqueteiro e estabelece outras restrições de contato.
A decisão judicial foi assinada pelo relator Mens de Mello, que estabeleceu uma série de medidas para garantir a segurança e evitar novos confrontos entre os dois. De acordo com o despacho, será enviado um ofício aos organizadores dos próximos debates, solicitando que ambos os envolvidos permaneçam separados por uma distância mínima de 10 metros enquanto estiverem acompanhando seus respectivos candidatos nos eventos.
Ainda segundo a decisão, após o término de cada debate, medidas de segurança devem ser reforçadas para garantir que Medina e Lima saiam do local por rotas diferentes, evitando qualquer contato físico ou visual entre eles. A separação será obrigatória mesmo que Medina tenha chegado antes ao ambiente. O objetivo, conforme destacado pelo relator, é prevenir novos episódios de violência e assegurar a integridade de ambas as partes.
Quando não estiverem no contexto dos debates, Medina deverá manter uma distância mínima de 300 metros de Duda Lima, ficando proibido de frequentar os mesmos locais ou ambientes sociais, mesmo que tenha chegado primeiro.
O advogado de Duda Lima, Daniel Bialski, comentou sobre a decisão: “A decisão da Justiça deixa claro, àqueles que deturpam a verdade, quem é o agressor e quem é a vítima. Foi uma agressão grave e covarde, que a Justiça já deixa evidente que não passará impune. Isso mostra para a população que pode confiar no poder judiciário, nas pessoas de bem e estabelecer a verdade dos fatos."
Resposta de Marçal
A assessoria de Pablo Marçal foi procurada pela reportagem do Terra e, em nota, disse que as imagens registraram que "a ação de Tássio tinha o intuito apenas de ver o ferimento no peito de Medina, encontrando dificuldade para abrir a camisa, devido à agressão sofrida por ele anteriormente".
Ainda segundo a equipe de comunicação de Marçal, as imagens apresentadas no distrito policial por Medina e noticiadas na imprensa "mostram claramente Duda Lima avançando contra o Medina".
"Ressaltamos que se uma atitude foi premeditada, foi a de Duda Lima, visto seu comportamento provocativo direcionado à campanha desde a chegada de Marçal ao local do debate", conclui.
Após o debate desta segunda-feira, Marçal foi questionado sobre o assunto e afirmou que a camisa de Medina não foi danificada em nenhum momento. "O Medina na delegacia mostra a camisa. Não tem rasgo na camisa, então é uma mentira do Duda Lima. Eu já trabalhei com o Duda Lima na campanha do Bolsonaro. Ele é um fracassado."
O ex-coach explicou que Tasso Renam, advogado da campanha, foi até Medina para acalmar o cinegrafistas. "O Tasso pega no colarinho dele e fala assim: 'Ó, calma!'. E abre a camisa para ver se tinha machucado, que estava vermelho o peitoral dele."
-u7zmrx8uhoah.png)
