Mudança de postura de Marçal em último debate vira alvo de adversários

Em meio à alta rejeição apontada pelas pesquisas eleitorais, Pablo Marçal (PRTB) adotou um tom mais ameno e mais propositivo no último debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, realizado nesta quinta-feira, 3, na TV Globo. O ex-coach deixou de lado as provocações, bem como os apelidos pejorativos bastante usados nos encontros anteriores. A mudança de postura, no entanto, virou alvo do adversários

• Acompanhe a cobertura completa das Eleições 2024 no portal Terra e fique por dentro de todas as notícias.

"Está todo muito fofinho, apertando o olhinho, se comportando nesse debate. Graças ao bom Deus. Mas é a primeira vez que acontece, não se esqueçam de como se portaram nos últimos [debates]", disse Tabata Amaral (PSB), que citou a discrepância do tom dos candidatos, em comparação aos eventos das últimas semanas. 

Notícias relacionadas

Nunes e Marçal buscam agradar eleitores cristãos em debate e ex-coach promete 'jejum de crime'

'Marçal acusar alguém de extremista é o mesmo que Suzane von Richtofen acusar alguém de assassinato', diz Boulos

Alvo em debate, Nunes diz que acabou tinta da caneta ao anotar críticas

Já Guilherme Boulos (PSOL) comparou o influenciador a um 'lobo em pele de cordeiro' e a Suzane von Richtofen.  "Eu to achando muito esquisito esse perfil que o Marçal adotou hoje. Ele tumultuou a eleição inteira, agrediu, mentiu, e agora ele quer posar de bonzinho", disse o deputado, que conseguiu fazer o adversário elevar o tom. 

"Tava tudo indo tão bem. Você quer fazer gracinha, Boulos?", respondeu Marçal, em sua fala. "Agora, o lobo está aparecendo atrás da pele de cordeiro, tava demorando, mas apareceu", retrucou o candidato do PSOL.

Participam do encontro Datena (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB). Mesmo com tom mais propositivo, o debate foi marcado por críticas à gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB), dobradinha de Datena (PSDB) e Pablo Marçal (PRTB) contra a extrema-esquerda, afago de Guilherme Boulos (PSOL) à periferia e tentativa de Tabata Amaral (PSB) de fugir do voto útil.