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Nunes nega ser contra vacinação, mas diz que errou ao adotar passaporte; Boulos ironiza

Embate entre Ricardo Nunes e Guilherme Boulos aconteceu durante o segundo bloco do debate promovido pelo Terra, SBT e Nova Brasil

20 set 2024 - 12h57
(atualizado às 16h04)
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Resumo
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, disse ser contra o passaporte vacinal, mas não contra a imunização. Ele também abordou questões sobre violência no trânsito e radares na cidade.
‘Negacionista no comando da prefeitura’, diz Boulos sobre Nunes:

O atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), admitiu que é contra o passaporte vacinal exigido pela capital paulista durante a pandemia de covid-19, mas não contra a imunização. Em resposta ao psolista Guilherme Boulos, no debate promovido pelo Terra, SBT e Nova Brasil nesta sexta-feira, 20, Nunes disse que se arrependeu da obrigatoriedade de apresentar um comprovante de vacina para fequentar estabelecimentos.

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"Sou eu o prefeito que tornou São Paulo a capital mundial da vacina. O que eu falei é que a gente sempre precisa corrigir aquilo que a gente erra, que foi a questão do passaporte. Não precisa obrigar as pessoas para ir na igreja, num bar, num restaurante, apresentar um passaporte", disse.

O embate entre Nunes e Boulos ocorreu no segundo bloco do debate. O atual prefeito foi chamado pela jornalista Luciana Pioto, do Terra, para responder sobre a violência no trânsito em São Paulo, e Boulos deveria comentar a resposta.

O psolista iniciou seu comentário dizendo que Nunes só teria começado a realizar obras para melhorar o trânsito próximo à eleição, acusando-o de ser oportunista. Aproveitando o gancho, Boulos então acusou Ricardo Nunes de mudar de opinião com relação à vacina contra covid-19 para "agradar aliados", em referência à sua relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

"Esses dias até eu vi uma coisa, o Ricardo Nunes defendendo que errou ao defender vacinação obrigatória. A vacinação foi tão importante na pandemia e agora para agradar aliados políticos ele diz que não defende mais, fica mudando de posição na eleição", afirmou.

Violência no trânsito em São Paulo

A pergunta de Luciana Pioto pedia um posicionamento de Ricardo Nunes com relação ao número de 987 mortes registradas no trânsito de São Paulo, maior desde 2015, assim como a necessidade de instalação de novos radares na cidade. Nunes, no entanto, focou na construção da faixa azul, exclusiva a motociclistas, como forma de diminuir as mortes.

Com relação aos radares, o prefeito disse que não iria criar uma "indústria da multa". "O decreto que eu fiz foi proibindo colocar radar sem estudo técnico. Eu não vou permitir que tenha indústria da multa na cidade de São Paulo como aconteceu em governos anteriores. Se precisar de radar e tiver estudo técnico, apresente o estudo que obviamente vai ser colocado", afirmou.

Boulos diz que Nunes ‘ajudou a criar indústria da morte’ com privatização do serviço funerário em SP:
Fonte: Redação Terra
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