Pablo Marçal chama debate de 'baixaria' e defende tom contra Boulos: 'Cada um tem o seu'
Candidato do PRTB protagonizou principal cena do debate ao mostrar carteira de trabalho para adversário do PSOL, que tentou arrancá-la
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O candidato Pablo Marçal (PRTB) defendeu o próprio tom no embate desta quarta-feira, 14, contra o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) e chamou de 'baixaria' o debate promovido por Estadão, Portal Terra e Fundação Armando Alvares Penteado (Faap). A discussão entre os postulantes à Prefeitura de São Paulo foi a principal cena sobre o palco.
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Após o debate, Marçal foi questionado sobre o bate-boca entre os candidatos e a pouca discussão sobre propostas para a Eleição 2024. Ele respondeu que 'propostas estão no plano de governo' e argumentou que, ainda que não 'inicie ataques, vai terminar todos'.
"Tenho um compromisso com o cidadão de São Paulo. Nunca vou começar um ataque, mas vou terminar todos. Não aceito comunista nessa cidade. Você percebe que eles estão ali mancomunados. Eles estão num teatrinho ali 'pra' tomar essa prefeitura do Ricardo [Nunes, atual prefeito]. O Ricardo não tem competência 'pra' seguir como prefeito e eles vão ficar brigando", afirmou Marçal.
Ao ser questionado se teria provocado o embate entre ele e Boulos, o candidato do PRTB voltou a chamar os colegas de comunistas e chamou o debate de baixaria.
"Você tá mexendo com comunista, amigo. Você não 'tá' conversando com gente inteligente, nobre, não. O único jeito de resolver o problema é o que eu tô falando. Isso aqui não é um debate. Se propuserem um debate, eu vou debater com o maior prazer ali. É baixaria mesmo, vocês vão ter que aguentar. Nosso povo colocou esse tipo de político e a gente vai tirar esse tipo de político agora", rebateu.
Marçal ainda defendeu o próprio tom na discussão contra o candidato do PSOL em meio ao debate: "Cada um tem seu tom, né? É igual cor de pele. Cada um tem o seu. Você vai falar o que se a pessoa tem um tom? Você não vai aceitar a pessoa ter o seu próprio tom?".
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Outro protagonista do bate-boca, Boulos defendeu que "ninguém tem sangue de barata" ao ser questionado pela tentativa de tirar uma carteira de trabalho das mãos de Marçal e que o candidado do PRTB 'não deve ser normalizado.
"Quando uma pessoa vem na tua frente, mente de maneira descarada, te ataca e te provoca, ninguém tem sangue de barata, meu amigo. É disso que se trata. Você precisa ter um mínimo de indignação. O que me espanta é que essa indignação não seja de todos que assistiram ao debate. É isso que leva à normalização desse tipo de absurdo", declarou Boulos após o evento.
No segundo debate eleitoral entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, participaram do evento Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Marina Helena (Novo), Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB), os mais bem colocados nas últimas pesquisas de intenção de voto.
Eleições em São Paulo
Até o momento, há oito candidatos ao cargo de chefe do Executivo de São Paulo registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). São eles Altino Prazeres (PSTU), Datena (PSBD), Guilherme Boulos (PSOL), Marina Helena (Novo), Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB), Ricardo Senese (UP) e Tabata Amaral (PSB).
A Justiça Eleitoral continua aceitando registros de candidaturas até esta quinta-feira, dia 15 de agosto. A partir dessa data, tem início o período eleitoral – com a liberação de propagandas.
As eleições municipais de 2024 ocorrem no dia 6 de outubro, o primeiro domingo do mês. Já o segundo turno pode ser no último domingo de outubro, no dia 27, se assim for decidido pelo povo. Se for o caso, o Terra realizará mais um debate com os dois candidatos no dia 16 de outubro.
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