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Rivais atacam Alckmin com cartel no Metrô e crise da água

Em debate promovido pela TV Globo, governador e candidato à reeleição teve que responder sobre doações que recebeu de empreiteiras ligadas ao cartel e problema de abastecimento

1 out 2014 - 06h41
(atualizado às 09h25)
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Líder isolado nas pesquisas de intenção de voto, o governador de São Paulo e candidato à reeleição Geraldo Alckmin (PSDB) foi o alvo preferido dos adversários no debate promovido pela TV Globo na noite de terça-feira. A crise de abastecimento de água pela qual passa o Estado foi o tema central do debate, mas o tucano também foi atacado pelo esquema de cartel em licitações do Metrô e dos trens de São Paulo.

Pesquisa Ibope divulgada na terça-feira mostra o candidato do PSDB com 45% das intenções de voto, percentual suficiente para a reeleição. Seus principais adversários, Paulo Skaf (PMDB) e Alexandre Padilha (PT), aparecem com 19% e 11%, respectivamente.

Os ataques começaram logo na primeira pergunta do debate, quando o candidato Gilberto Maringoni (PSOL) questionou se Alckmin havia recebido doações das empreiteiras CR Almeida, Queiroz Galvão e OAS S/A – em 2012, a Justiça aceitou denúncia contra executivos dessas e de outras empresas por formação de cartel e fraude na licitação de ampliação da linha 5-Lilás do Metrô. O tucano respondeu que todas as doações recebidas estão “de acordo com a lei” e defendeu uma reforma política que reduza o número de partidos e permita o financiamento público.

Na réplica, Maringoni citou os valores recebidos pela campanha de Alckmin (R$ 1 milhão da CR Almeida; R$ 4,1 milhões da Queiroz Galvão; e R$ 860 mil da OAS, segundo prestação de contas parcial enviada à Justiça Eleitoral), e perguntou se era “moralmente aceitável uma empresa suspeita de corrupção colaborar com qualquer candidato que seja”. Alckmin, então, acusou o adversário de mentir e disse que o Estado está processando as empresas suspeitas. “O cartel se faz fora do governo, não é no governo. Empresas que se articulam fora do governo para diminuir a concorrência. Nenhuma delas doou um centavo para a minha campanha nem para o meu partido”, afirmou o tucano na TV.

<p>Candidatos participaram do debate da TV Globo nesta terça</p>
Candidatos participaram do debate da TV Globo nesta terça
Foto:

O candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, também não perdeu a oportunidade de atacar o tucano. Ao responder uma pergunta do candidato Paulo Skaf sobre corrupção, o petista aproveitou para retomar o tema do cartel. “Durante 15 anos governo do PSDB conviveu com esquema de corrupção no metrô e no trem, o que reduziu a velocidade das obras”, disse o petista.

A fala provocou reação de Alckmin, que pediu direito de resposta, mas a solicitação foi negada pelo mediador do debate, jornalista César Tralli, que entendeu que não houve ofensa pessoal na declaração de Padilha. Contrariado, o tucano usou outro momento do debate para se defender. “Aqui se fala muito mal de São Paulo e muita inverdade. Pelas regras do debate, eu não posso me defender”, afirmou. “Mas o povo brasileiro sabe bem quem convive com a corrupção”, continuou Alckmin.

Crise da água

Apesar dos atritos a respeito do cartel de trens, o tema central do debate voltou a ser a falta de água no Estado. O assunto surgiu também no primeiro bloco, quando Padilha disse, em pergunta direcionada ao candidato Laércio Benko (PHS), que “milhões de paulistas” não tinham água em casa durante a noite. “E o governador diz que é culpa de São Pedro”, afirmou o petista, para emendar que o problema se deve a “falta de obras”. “Essa falta de água é uma das demonstrações da perversidade do PSDB e do governador Geraldo Alckmin. Outra perversidade, seguramente maior, é que quem mais sofre com isso são os mais pobres”, continuou Padilha.

No segundo bloco, de perguntas temáticas, Benko direcionou a Alckmin uma questão sobre saneamento e voltou a tratar da crise hídrica, citando o pagamento de dividendos da Sabesp (companhia de saneamento do Estado) a acionistas. “O senhor acha certo dividir 4,3 bilhões de dólares em lucro na Bolsa de Valores de Nova York enquanto aqui falta água?” Em resposta, o tucano disse que a “Sabesp é uma empresa estatal, do povo”.

A crise da água também não passou despercebida por Skaf, que teve a chance de tratar do tema em dobradinha com Padilha. “O governo de São Paulo colocou a sociedade em situação de emergência. A solução agora é abrir poços, economizar e rezar para chover”, disse Skaf. O tucano, então, voltou a se defender em outro momento do debate e negou que vá faltar água. “Não falta água em São Paulo, não vai faltar água em São Paulo”, declarou Alckmin.

O debate promovido pela TV Globo contou ainda com a presença dos candidatos Gilberto Natalini (PV) e Walter Ciglioni (PRTB).

Fonte: Terra
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