Sesi paga até R$ 36 mil mensais para apadrinhados do PT
Apadrinhados do PT recebem altos salários em um escritório de representação do Conselho Nacional do Serviço Social da Indústria (Sesi). De acordo com a revista Época, a residência fica em São Bernardo Campo, região do Grande ABC, a 40 metros da sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que trouxe o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à vida pública em meados da década de 1970. Uma uma das apadrinhadas é a nora do ex-presidente, Marlene Araújo Lula da Silva, esposa de Sandro Luís da Silva (quarto filho de Lula) que recebe R$ 13,5 mil por mês. Segundo a Controladoria Geral da União (CGU), Marlene é um dos funcionários que estão alocados no escritório, mas pouco trabalham por lá.
Os auditores da CGU tentaram achar algum trabalho ddos apadrinhados, mas nada encontraram. O presidente do Sesi, Jair Meneguelli, também foi averiguado pela reportagem por usar o patrimônio da instituição. Para se locomover ele usa carros de luxo com motorista, como um Ford Fusion em Brasília e um Toyota Corolla em São Bernardo do Campo. Meneguelli também emprega seus conhecidos, como o petista Osvaldo Bargas, ex-número dois do executivo na época em que ele presidia Central Única dos Trabalhadores (CUT). Bargas ganha R$ 33 mil mensais e Menegelli chega a tirar por mês R$ 60 mil, quando recebe uma “verba de representação”. Sandra Cabral, sindicalista e amiga do ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, também trabalha no local recebendo um salário de R$ 36 mil.
Entre outros nomes ligados ao partido que trabalham na casa amarela estão: o ex-assessor da presidência Rogério Aurélio Pimentel (R$ 10 mil), que atuaria como gerente de serviços sociais; Márcia Regina Cunha (R$ 22 mil), gerente de marketing, esposa do ex-deputado federal João Paulo Cunha – condenado no escândalo do Mensalão; e o advogado e jornalista Douglas Martins de Souza, ex-secretário adjunto da Secretária de Igualdade Racial, que recebe R$ 36 mil mensais como consultor jurídico. Por meio de sua assessoria, o presidente do Sesi indicado por Lula disse que Marlene, Márcia, Pimentel e Souza cumprem suas jornadas de trabalho normalmente, o uso dos carros são compatíveis com o cargo e não que enxerga conflito na contratação de Bargas. O ex-presidente Lula não quis comentar o caso.