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Silêncio de Bolsonaro 'ecoa a desqualificação ao cargo', diz Marina Silva

Deputada federal eleita criticou postura de Jair Bolsonaro de não se posicionar sobre a vitória de Lula nas eleições

31 out 2022 - 20h55
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Ex-ministra Marina Silva voltou a se alinhar com o PT nesta eleição
Ex-ministra Marina Silva voltou a se alinhar com o PT nesta eleição
Foto: Estadão / Estadão

A deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP) criticou o silêncio de Jair Bolsonaro (PL) sobre o resultado da eleição deste domingo, 30, em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu vitorioso. O atual presidente ainda não se pronunciou sobre a derrota, mais de 24 horas depois da confirmação do resultado do pleito. 

"O silêncio de Bolsonaro tem vários ecos. Primeiro, expressa mais uma vez seu despreparo para a democracia ao não se manifestar sobre a derrota. Segundo, é de profundo desrespeito com seus eleitores ao não lhes agradecer pelo apoio nas urnas", escreveu a ex-ministra do Meio Ambiente.

Marina ainda acrescentou que a postura do presidente valida a “insurgência de arruaceiros” que bloqueiam estradas por todo o País. "Terceiro, responsável por manter a ordem no país, atribuição constitucional, valida a insurgência de arruaceiros que bloqueiam estradas. Quarto, sugere que conspira com os inimigos da democracia armar o Capitólio à brasileira. Em suma, o silêncio ecoa a desqualificação ao cargo", disse ela.

O presidente Jair Bolsonaro ainda não se pronunciou sobre a vitória de Lula, mais de 24 horas depois da confirmação do resultado das eleições presidenciais. Nesta segunda-feira, 31, era esperado que o atual mandatário fizesse um pronunciamento no fim da tarde, o que não aconteceu.

De acordo com uma coluna da Veja, Bolsonaro deve falar publicamente sobre o assunto apenas na terça-feira, 1º. Segundo a publicação, o gesto seria um dos motivos para o avanço dos bloqueios de caminhoneiros em rodovias por todo o Brasil.

Na manhã desta segunda, Bolsonaro apareceu para trabalhar com humor instável e mais quieto do que de costume, segundo fontes de Brasília. Ele estaria planejando seu discurso, que deve abordar os pontos que o levaram à derrota.

Diversos chefes de Estado estrangeiros, incluindo os presidentes dos Estados Unidos e da China, já reconheceram a vitória de Lula, que assumirá em 1º de janeiro para um terceiro mandato.

Antes das eleições, o presidente fez uma série de ataques sem provas ao sistema eleitoral e chegou a insinuar que poderia não aceitar o resultado das urnas eletrônicas. Após o último debate, contudo, ele reconheceu em entrevista que aceitaria o resultado das urnas.

Fonte: Redação Terra
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