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Sobrinho de Collor usa nome do tio, mas não é eleito para vereador em Maceió

Nas redes sociais, Fernando exaltou o tio e usou as cores verde e amarelo, símbolo da campanha de Collor em sua candidatura

7 out 2024 - 19h06
(atualizado às 19h34)
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Fernando Collor e o tio, que tem o mesmo nome
Fernando Collor e o tio, que tem o mesmo nome
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Usar na campanha os nomes das famílias Collor e Lyra não assegurou a eleição de Fernando Affonso Lyra Collor de Mello (PSB), sobrinho do ex-presidente e senador Fernando Collor, para o cargo de vereador em Maceió. O candidato obteve apenas 569 votos, ficando como suplente na capital alagoana.

Fernando é filho de Thereza e Pedro, que é irmão do ex-presidente e foi quem revelou o esquema de corrupção que levou ao impeachment de Collor, em 1992. Pedro faleceu em 1994, vítima de um tumor cerebral, quando o filho ainda era criança.

Em suas redes sociais, Fernando Lyra Collor fez menções frequentes ao tio durante a campanha, exaltando a trajetória política dele. Em diversas postagens, ele demonstrou orgulho em carregar o sobrenome da família. A estética visual de sua campanha também foi inspirada nas cores verde e amarela, um símbolo das candidaturas do ex-presidente Fernando Collor.

"Hoje comemoramos o aniversário do meu tio, Fernando Collor! Um ícone de coragem e dedicação, que deixou uma marca incrível em Maceió e Alagoas. Eu também carrego seu nome com orgulho. Feliz aniversário, tio! Que sua inspiração continue a iluminar nossos caminhos", escreveu o sobrinho em uma de suas postagens.

Além de homenagear o tio, Fernando também relembrou durante sua campanha a figura de seu avô materno, João Lyra, que faleceu em 2021, vítima de complicações da covid-19. João Lyra foi um empresário e político influente em Alagoas, tendo ocupado cargos como senador e deputado federal. 

Essa não foi a primeira vez que Fernando tentou ingressar na política. Há 12 anos, ele tentou ser vice-prefeito de Atalaia (AL) pelo PSD, usando o sobrenome de sua mãe, Lyra, e sem contar com o apoio do tio. 

Crise na família

A família Collor de Mello é marcada por uma crise que abalou a República nos anos 1990. Em maio de 1992, Pedro Collor denunciou um esquema de corrupção envolvendo o tesoureiro da campanha do irmão, Paulo César Farias, o PC Farias. A denúncia, publicada pela revista Veja, foi o estopim para o início do processo que culminou no impeachment de Fernando Collor.

A disputa entre os irmãos também envolvia o controle do grupo de mídia Arnon de Melo, que incluía o influente jornal Gazeta de Alagoas. Após as denúncias, Pedro foi afastado da chefia do grupo por sua mãe, Leda Collor de Mello, sob a justificativa de insanidade.

O impeachment foi selado em meio a protestos populares. Fernando Collor pediu que os brasileiros saíssem às ruas vestindo as cores da bandeira para mostrar apoio a ele, mas os manifestantes, em sua maioria estudantes, saíram de preto, exigindo sua saída do poder.

Collor renunciou ao cargo em dezembro de 1992, pouco antes do julgamento no Senado, na tentativa de evitar a cassação de seus direitos políticos. Mesmo assim, o Senado prosseguiu e o condenou à inelegibilidade por oito anos.

Fonte: Redação Terra
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