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Tabata diz se solidarizar com esposa de Nunes, mas ainda questiona sobre B.O. de violência doméstica

Deputada federal concorre à Prefeitura de São Paulo e, em debate frente a Nunes, trouxe o assunto à tona; a esposa do político ficou nervosa

9 ago 2024 - 01h47
(atualizado às 02h04)
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Foto: Renato Pizzutto/Band

Durante o primeiro debate eleitoral à Prefeitura de São Paulo, nesta quinta-feira, 5, a deputada Tabata Amaral (PSB) trouxe à tona o caso do B.O. por violência doméstica contra o atual prefeito da cidade, Ricardo Nunes (MDB). A esposa de Nunes não gostou da situação. Após o encerramento da sabatina, Tabata disse ao Terra que se solidariza com a mulher, mas ainda questiona o político sobre a forma como lidou com o assunto.

"Eu me solidarizo profundamente com ela. Eu tenho amigas que já viveram isso. Quando você toma coragem, faz uma denúncia e segue no relacionamento, ainda mais com um homem poderoso, é muito comum que haja uma pressão gigantesca para que você mude a história. Nada do que eu disse aqui é sobre ela. Em relação a ela, a minha solidariedade", disse Tabata à reportagem.

Entenda 

No terceiro bloco do debate da Band, Tabata perguntou sobre o boletim de ocorrência que Regina Carnovale Nunes registrou contra Nunes, seu esposo, em 2011. Ela citou a contradição de Nunes que, durante sabatina ao UOL, em julho, disse que a denúncia foi forjada, mas, na sequência, foi desmentido pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. A candidata pediu para que a situação fosse esclarecida.

No momento, da plateia, Regina gritou: “Deixa minha família em paz”. Ela quis se levantar, mas Baleia Rossi, presidente nacional do MDB, a impediu. Com a movimentação, um segurança passou a ficar mais próximo do setor em que o partido se concentrava.

Em resposta à Tabata, Nunes frisou nunca ter “levantado um dedo” contra a mulher. “Eu realmente tive com a minha esposa, há 14 anos atrás, um período de uns quatro ou cinco meses que a gente realmente se separou, tivemos um desentendimento, mas nada de agressão, nunca levantei um dedo e ela já falou isso”, complementou.

Em entrevista ao Terra, após o encerramento do debate, Regina afirmou estar muito nervosa e disparou: “Porque mulher falando de mulher… Se fosse homem, não teria problema. Mas mulher querendo prejudicar mulher…”.

Já Tabata, também à reportagem, esclareceu que sua pergunta não foi sobre a mulher. Mas, sim, sobre o fato do atual prefeito de São Paulo ter mentido e tentado desacreditar a Polícia Civil.

"Se eu acho grave que o prefeito minta descaradamente e desacredita o trabalho da polícia, é claro que eu acho grave. Essa foi a primeira oportunidade que a gente teve de confrontá-lo sobre isso. Porque a Polícia Civil, o governo do Estado, lembrando que ele é próximo do governador Tarcísio, disseram que ele estava mentindo. Prefeito que desautoriza o trabalho da polícia não consegue trabalhar com a polícia. E ainda segue sem deixar claro por que mentiu. O B.O. não foi forjado", complementou a candidata.

As eleições municipais de 2024 acontecem no dia 6 de outubro, o primeiro domingo do mês. Já o segundo turno, se for o caso, deve acontecer no último domingo de outubro, no dia 27. No debate desta semana, participaram os candidatos Ricardo Nunes (MDB), Pablo Marçal (PRTB), Tabata Amaral (PSB), José Luiz Datena (PSDB) e Guilherme Boulos (PSOL).

Fonte: Redação Terra
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