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Tarcísio e Haddad repetem posturas de Bolsonaro e Lula durante votação em São Paulo

Candidatos ao governo de São Paulo adotaram discurso semelhante ao dos presidenciáveis e vestiram as mesmas cores que seus padrinhos políticos

30 out 2022 - 13h11
(atualizado às 14h06)
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Os candidatos ao governo de São Paulo, Fernando Haddad (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos), votaram na manhã deste domingo, 30, e repetiram os discursos adotados por seus padrinhos políticos, os presidenciáveis Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), respectivamente. Assim como o postulante petista ao Planalto, Haddad pregou o "fim da violência" na política e repudiou a conduta de personagens bolsonaristas; na mesma linha que o chefe do Executivo, Tarcísio disse estar com expectativa de vitória: "Estamos tomados pelo otimismo", afirmou.

Os candidatos também repetiram os presidenciáveis na vestimenta. Haddad foi de branco, assim como Lula e outros integrantes da campanha petista, como Simone Tebet (MDB). Tarcísio foi de verde e amarelo, da mesma forma que Jair Bolsonaro e o general Walter Braga Netto.

Líder nas pesquisas para o Bandeirantes, Tarcísio votou em São José dos Campos, interior de São Paulo, no fim da manhã. O candidato vestia uma camiseta amarela estampada com uma imagem sua ao lado do presidente Bolsonaro, na frente, e com seu número de urna, atrás. Conversando com a imprensa, ele argumentou que fez uma campanha limpa e disse estar confiante com o resultado.

Candidato ao Governo do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), vota na Escola Carlos Saloni, em São José dos Campos.
Candidato ao Governo do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), vota na Escola Carlos Saloni, em São José dos Campos.
Foto: Pedro Ivo Prates/Estadão / Estadão

"Falei com o presidente (Bolsonaro). Estamos tomados pelo otimismo", afirmou. "A gente vê senso de responsabilidade, a gente vê que as pessoas estão depositando esperança nesse projeto". O candidato chegou para votar por volta das 11 horas acompanhado de sua mulher, Cristiane Freitas, e do candidato a vice em sua chapa, Felício Ramuth (PSD).

Questionado sobre o o fato de a deputada bolsonarista Carla Zambelli (PL), uma de suas principais aliadas, ter apontado uma arma de fogo a um cidadão neste sábado, 29, em São Paulo, Tarcísio não quis responder. "Não vi o que aconteceu, não acompanhei, não tenho nada para comentar".

Fernando Haddad (PT) votou em São Paulo e pediu o 'fim da violência' na política.
Fernando Haddad (PT) votou em São Paulo e pediu o 'fim da violência' na política.
Foto: Felipe Rau/Estadão / Estadão

Por sua vez, o candidato do PT ao Bandeirantes buscou explorar o episódio. Ocorrido na véspera da eleição, o evento tem sido utilizado como última peça de munição contra seu adversário, no momento em que a distância entre ambos é de seis pontos, com Tarcísio na dianteira, segundo o último Datafolha divulgado antes do pleito.

O petista disse acreditar na oportunidade de "deixar a violência de lado nesse País" com o resultado do segundo turno deste domingo, 30. Ele também mencionou os casos do ex-deputado Roberto Jefferson, que recepcionou agentes da Polícia Federal com disparos de fuzil em sua residência, e de Paraisópolis, onde uma agenda de seu rival foi interrompida por um tiroteio. "Não tem cabimento o que aconteceu ontem, não tem cabimento que aconteceu Paraisópolis, não tem cabimento o que aconteceu com Roberto Jefferson. São episódios que se sucedem de violência", afirmou Haddad.

O candidato também disse estar otimista com o resultado nas urnas. "Estou otimista com arrancada da última semana, a diferença caiu à metade. Estamos aqui para ganhar a eleição, tanto no São Paulo quanto no Brasil. Fiz uma campanha muito propositiva, oferecendo para população uma alternativa com segurança, com maturidade", disse.

Com reportagem de Gustavo Queiroz, Giordanna Neves e Marcela Villar

Estadão
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