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Tatto diz que acertou com Boulos apoio em eventual 2º turno

No último dia de campanha, candidato petista disse estar "de boa"

14 nov 2020 - 12h30
(atualizado às 12h56)
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O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Jilmar Tatto, evitou críticas aos adversários neste sábado, 14, último dia de campanha. Ele disse que conversou com Guilherme Boulos (Psol) por telefone na última semana e baixou a tensão entre os dois partidos, após a campanha psolista usar anúncios no Google para vincular o seu nome ao do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Jilmar Tatto em campanha na 25 de Março, região central de SP
Jilmar Tatto em campanha na 25 de Março, região central de SP
Foto: Willian Moreira / Futura Press

"Eu falei 'Ô Boulos, no meu quintal eu não vou dar espaço para plantar ódio'", disse Tatto ao Estadão. "Então estou 'de boa', vamos fazer a campanha, quem for para o segundo turno, um apoia o outro numa boa."

Na avaliação do petista, a campanha de Boulos fez "um assédio do ponto de vista do voto útil", mas ele diz que "não pegou". Tatto segue uma estratégia de evitar o confronto direto com adversários e apostar na propaganda de suas realizações como secretário municipal, especialmente na área de transportes. Ele adotou a mesma postura em partes do último debate entre os candidatos, promovido pela TV Cultura.

"Nunca parti para baixaria, sempre discuti programa de governo", disse Tatto. "Não aceitei jamais que qualquer pessoa da minha campanha fizesse qualquer pegadinha, brincadeirinha de mau gosto, fake news, não gosto disso."

Neste sábado, o candidato petista fez um passeio ciclístico com cerca de 15 apoiadores, da Avenida Paulista até a Liberdade. Ele assinou uma carta-compromisso redigida por cicloativistas, que pede infraestrutura para pedestres, ciclistas e transporte público e segurança no trânsito, entre outros pontos.

Tatto pediu uma mudança de trajeto, originalmente planejada até o Teatro Municipal e um retorno até a Paulista. O candidato disse estar "fora de forma" e chorou uma persistente dor no braço que sente inclusive quando anda de bicicleta, e não quis enfrentar a Rua da Consolação morro acima.

Na Liberdade, o planejamento mudou novamente. O grupo não parou na praça e seguiu diretamente à Paulista pela Rua Vergueiro. Tatto não parou para cumprimentar a população durante o trajeto, e seguiu para casa por volta de 12h. Em frente à praça da Liberdade, estava um grupo de cabos eleitorais agitando bandeiras do PSDB.

Estadão
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