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TSE proíbe bets de fazerem apostas com o resultado das eleições

Corte eleitoral decidiu que apostas podem configurar abuso de poder econômico e captação ilícita de votos

18 set 2024 - 10h41
(atualizado às 12h44)
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Ministra do Tribunal Superior Eleitoral, Cármen Lúcia
Ministra do Tribunal Superior Eleitoral, Cármen Lúcia
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiram por unanimidade que está proibido as chamadas “bets eleitorais”. Para a corte, a prática pode configurar abuso de poder econômico e captação ilícita de votos.

"A utilização de organização comercial, inclusive em plataformas online, ou pelo uso de internet, para a prática de vendas, ofertas de bens ou valores, apostas, distribuição de mercadorias, prêmios ou sorteios, independente da espécie negocial adotada, denominação ou informalidade do empreendimento, que contém indicação ou desvio por meio de links indicativos ou que conduza a sites aproveitados para a promessa ou oferta gratuita ou mediante pagamento de qualquer valor, bens, produtos ou propagandas vinculadas a candidatos, ou a resultado do pleito, caracteriza-se como ilícito eleitoral, podendo configurar abuso de poder econômico e captação ilícita de votos", diz o novo entendimento do TSE.

De acordo com a presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, a medida é necessária. “Para que se tenha mais efetividade jurídica eleitoral, especialmente para este processo em curso, garantindo à Justiça Eleitoral um pleito seguro, transparente, com respeito às eleitoras e aos eleitores que são livres para votar”, afirmou a magistrada na sessão administrativa da última terça-feira, 17.

Apostas em resultado de eleição 

Na semana passada, o jornal O Estado de S. Paulo mostrou que, ao menos, cinco casas de apostas estavam oferecendo retornos financeiros para jogadores que acertarem qual será os vitoriosos nas eleições de outubro. A jogatina é considerada ilegal pelo Ministério da Fazenda e pode configurar propaganda irregular ao depender da veiculação feitas pelas empresas.

As empresas de apostas esportivas oferecem odds (termo que se refere à probabilidade de um determinado evento acontecer) para a vitória de cada um dos candidatos. O índice significa quanto o dinheiro depositado pelo jogador será multiplicado em caso de vitória.

Em nota enviada ao jornal, a Fazenda disse que as bets podem criar mercados que tenham relação apenas a eventos com temática esportiva ou jogos on-line. "Apostas que extrapolam essas duas modalidades não são previstas pela legislação, não podendo ser assim entendidas como legalizadas".

Após a revelação da publicação, a Bet365, Betano, BetSpeed, Sportingbet e Superbet, que ofertavam a jogatina na última quarta, 11, deixaram de disponibilizar as apostas para os jogadores. A equipe de reportagem procurou as empresas, a Betano disse que não vai se pronunciar sobre o tema. As outras quatro não responderam.

Segundo especialistas em direito eleitoral ouvidos pela reportagem, os jogos podem ser interpretados como propaganda irregular, dependendo da forma como forem veiculados pelas casas. (*Com informações do Estadão Conteúdo)

Fonte: Redação Terra
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