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Zambelli diz que vai votar armada neste domingo; caso é investigado pela polícia

Deputada, que se envolveu em ocorrência em que apontou arma e perseguiu homem em São Paulo, disse que está sendo ameaçada. Ela prestou depoimento

30 out 2022 - 01h25
(atualizado às 07h40)
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Parlamentar prestou depoimento à polícia na noite deste sábado, 29, em São Paulo
Parlamentar prestou depoimento à polícia na noite deste sábado, 29, em São Paulo
Foto: Alex Silva/Estadão / Estadão

A deputada federal Carla Zambelli afirmou no início da madrugada deste domingo, 30, após prestar depoimento na Polícia Civil, que vai votar armada no segundo turno das eleições. Ela justificou a ação como uma forma de se defender após o ocorrido deste sábado, 29.

A parlamentar alega ter passado a sofrer ameaças após a repercussão do caso em que perseguiu um homem no bairro dos Jardins, na região central paulistana, após uma discussão política. "Irei inclusive com colete à prova de balas. A partir de amanhã (domingo) vou andar com colete à prova de bala. Eu recebi muito mais ameaças desde o que aconteceu aqui", declarou.

A decisão confronta o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que veta a presença de armas de fogo em zonas eleitorais. Zambelli se disse perseguida pelo ministro Alexandre de Moraes, presidente da Corte, e que a legislação vigente, que proíbe o porte de arma no dia da eleição a cem metros de seções eleitorais, exceto para agentes de segurança em serviço, não se enquadra no caso dela.

"Eu tenho porte federal de arma. A resolução é pra quem é CAC (Caçador, atirador esportivo ou colecionador). Eu não sou CAC, tenho porte federal. Eu posso carregar minha arma o tempo todo comigo, e agora mais um motivo para eu carregar a minha arma", declarou.

O entendimento de Carla Zambelli contraria o artigo 154 da Resolução TSE nº 23.669, que determina que "a força armada se conservará a cem metros da seção eleitoral e não poderá aproximar-se do lugar da votação ou nele adentrar sem ordem judicial ou do presidente da mesa receptora, nas 48 (quarenta e oito) horas que antecedem o pleito e nas 24 (vinte e quatro) horas que o sucedem."

A exceção prevista no artigo é somente para "integrantes das forças de segurança em serviço junto à Justiça eleitoral e quando autorizados ou convocados pela autoridade eleitoral competente."

Tiro foi disparado e caso é investigado pela polícia

A deputada federal reeleita Carla Zambelli (PL-SP), uma das principais aliadas do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso, se envolveu neste sábado, 29, em uma confusão nos Jardins, em São Paulo. Em vídeos divulgados nas redes sociais em poder da Polícia Civil (veja abaixo), a parlamentar aparece empunhando uma pistola enquanto persegue um homem negro, que é agredido por outras pessoas. Um tiro é disparado pelo grupo do qual fazia parte a deputada. Carla alega ter sido agredida.

Estadão
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