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Eleitores dão recado e políticos tradicionais ficam fora do Senado

8 out 2018 - 01h09
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As urnas mandaram um recado claro da população na votação deste domingo e deixaram fora do rol de eleitos políticos tradicionais, alguns deles com uma longa atuação no Senado.

Plenário do Senado
25/08/2016
REUTERS/Ueslei Marcelino
Plenário do Senado 25/08/2016 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

O atual presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), que concorria à reeleição, não angariou votos suficientes apesar da tentativa de se descolar do atual governo e de se aproximar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda forte no Nordeste.

Mais emblemático ainda, Romero Jucá (MDB-RR), líder dos governos no Senado de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), também não conseguiu a reeleição, ficando meros 426 votos atrás do segundo colocado.

Também não conseguiu ficar entre os dois mais votados eu seu Estado, e deve ficar fora do Senado, assim como Roberto Requião, tradicional político do MDB do Paraná. Enquanto Beto Richa (PSDB), que deixou o governo Paraná após dois mandatos para concorrer ao Senado, ficou em sexto lugar na disputa.

Edison Lobão (MDB-MA), ligado à poderosa família Sarney, amargou o quarto lugar na disputa pelas duas vagas do Estado. No Rio Grande do Norte, o senador Garibaldi Alves (MDB) também não se reelegeu.

Em Minas Gerais, a surpresa foi com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que liderava a disputa, mas acabou em quarto lugar.

Mesmo destino teve o atual líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ) não se reelegeu, ficando em quarto mais votado no Rio de Janeiro. No Acre, Jorge Viana (PT-AC), senador há duas legislaturas, também ficará fora do Congresso.

Em outro campo político, o senador Magno Malta (PR-ES), que chegou a ser cotado para vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República, também perdeu a reeleição, assim como o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), na quarta colocação de votos.

Em compensação, alguns candidatos obtiveram votação expressiva. Esse é o caso de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que obteve mais de 4 milhões de votos, o equivalente a mais de 31 por cento dos votos.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), acumulou quase 38 por cento dos votos em seu Estado, enquanto Cid Gomes (PDT) conquistou mais de 41 por cento do eleitorado no Ceará.

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