Eleitores são presos em flagrante após tirar foto da urna de votação
O primeiro caso ocorreu em Joaçaba, onde um eleitor foi detido durante a manhã, por volta das 8h30, após ser encontrado com imagens da urna em seu celular
No último domingo, três pessoas foram presas em flagrante por fotografar urnas de votação em diferentes locais do Brasil. A prática é estritamente proibida, conforme estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), cujo intuito é preservar o sigilo do voto e assegurar a liberdade do eleitor. Este tipo de controle é essencial para garantir que o ambiente de votação seja livre de qualquer tipo de pressão ou constrangimento.
O primeiro caso ocorreu em Joaçaba, onde um eleitor foi detido durante a manhã, por volta das 8h30, após ser encontrado com imagens da urna em seu celular. Segundo o tenente Edilson Tarniovicz, o homem tentou negar o ato, mas as evidências estavam claras. Ele foi imediatamente conduzido à delegacia local para responder pelo ato cometido. Esta ação é uma violação direta do segredo de votação, algo que as autoridades têm levado muito a sério.
Por que é proibido fotografar a urna eletrônica?
O sigilo do voto é um dos pilares da democracia. Mas por que será que é tão vital proibir imagens dentro das urnas? Proteger a privacidade do eleitor é essencial para que cada pessoa possa expressar sua opinião política sem medo de retaliações. A prática de fotografar ou filmar dentro da cabine pode abrir portas para pressões externas indesejadas, como a compra de votos ou intimidação política.
Além disso, há preocupações com a integridade do processo eleitoral. Imagens das urnas podem potencializar a disseminação de rumores ou desinformação, colocando em risco a confiança pública na infraestrutura de votação. Manter o processo seguro e imparcial exige restrições rígidas sobre o que acontece dentro do local de votação.
Estratégias de monitoramento durante as eleições
Durante o período de eleições, várias estratégias são empregadas para detectar e prevenir violações ao sigilo do voto. Mesários são treinados para estar atentos a comportamentos suspeitos, como no caso registrado em Cajazeiras, Paraíba, onde um eleitor foi pego filmando seu voto. Os mesários perceberam a demora anormal e, ao solicitar uma revista, encontraram o celular.
A colaboração entre as entidades envolvidas é crucial para manter a integridade do processo. Cada pessoa que entra em uma seção eleitoral carrega a responsabilidade de manter a confidencialidade do seu voto - e as autoridades estão sempre de prontidão para assegurar que este direito seja protegido.
O que acontece com quem viola o sigilo do voto?
A violação do sigilo do voto pode ter consequências graves. Assim que essa violação é detectada, geralmente a pessoa é encaminhada à delegacia mais próxima para prestar esclarecimentos. O ato é considerado um crime eleitoral e, dependendo da gravidade, o infrator pode enfrentar desde advertências até detenções. No caso da mulher de 69 anos em Marabá, por exemplo, ela foi levada para a delegacia e posteriormente liberada após ser ouvida.