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Em áudio, Bolsonaro chama Ailton Barros de "segundo irmão"

Advogado foi preso em operação da PF na quarta-feira, 3. Ele é apontado como homem de confiança do ex-presidente

8 mai 2023 - 10h37
(atualizado às 13h11)
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Foto: CartaCapital

Áudios revelaram a proximidade entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)  e o advogado Ailton Gonçalves Moraes Barros, que foi preso na Operação Venire sob a acusação de ser um dos operadores das fraudes em cartões de vacinação contra covid-19 em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Na transcrição, que foi obtida pelo jornal Extra, o ex-mandatário chama Barros de "segundo irmão". 

"Ailton, você sabe, você é um velho colega meu, paraquedista. Tu é meu segundo irmão, né? Primeiro é o Hélio Negão, depois é você. Tu sabe o carinho que tenho contigo, da nossa amizade. Eu nem posso declarar meu voto, né? Mas você é um cara que eu gostaria muito que tivesse sucesso aí no Rio, tá ok?", disse em áudio gravado pelo WhatsApp pouco antes das eleições de 2022

As investigações da Polícia Federal indicam que Barros é um dos homens de confiança de Bolsonaro. Além de ter acompanhado o ex-mandatário em viagens, o ex-major - que também concorreu ao cargo de deputado estadual - votou com Bolsonaro nas eleições de 2022.

Quem é Ailton Barros ?

Nascido em Alegrete (RS), Ailton foi para o Rio de Janeiro ainda na infância. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ailton tem 61 anos, é major reformado e detém de um patrimônio declarado de R$ 388 mil. Nas redes sociais, ele se intitula como Oficial da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) e paraquedista militar e civil.

A primeira tentativa de Barros em entrar na política foi em 2006, quando disputou uma cadeira de deputado federal do Rio de Janeiro pelo PFL. Em 2020, ele concorreu a uma vaga de vereador na cidade fluminense pelo PRTB, mas também não foi eleito. Em 2022, quando foi candidato a deputado estadual pelo PL, não foi eleito novamente e acabou ficando como suplente. Na eleição do ano passado, inclusive, ele se apresentava como o "01 de Bolsonaro".

Operação Venire

Além de Ailton, a operação prendeu Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. A PF investiga um suposto esquema de inserção de dados falsos em carteiras de vacinação contra a covid-19, em sistemas do Ministério da Saúde. Intitulada de "Venire", a ação realizada pela Polícia Federal foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, dentro do inquérito das 'milícias digitais'.

Também foram expedidos 16 mandados de busca e apreensão. Entre os endereços alvo, estão o do ex-chefe do Executivo. No local, a PF apreendeu o celulare dele - o de Michelle Bolsonaro teria sido poupado. De acordo com O Globo, até o momento, Bolsonaro não forneceu a senha de seu celular. Michelle inicialmente também não passou a senha, mas depois autorizou o acesso ao seu aparelho.

Fonte: Redação Terra
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