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Em relatório final, PF aponta Bolsonaro como "líder da organização criminosa"

22 nov 2024 - 10h44
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O relatório final da Polícia Federal (PF), com 884 páginas, identifica o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como o "líder" de uma organização criminosa formada por 37 pessoas. Segundo o documento, enviado nesta quinta-feira (21) ao Supremo Tribunal Federal (STF), o grupo elaborou um plano para mantê-lo na Presidência, mesmo após sua derrota nas eleições.

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Foto: presidente Jair Bolsonaro (PL) - Marcelo Camargo/Agência Brasil / Perfil Brasil

A investigação detalha que Bolsonaro "permeou por todos os núcleos" da organização, que incluem o Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral, o Núcleo Responsável por Incitar Militares à Aderirem ao Golpe de Estado, o Núcleo Jurídico, o Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas, o Núcleo de Inteligência Paralela e o Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas.

Papel de Bolsonaro e desinformação eleitoral

Embora tenha transitado por todas as divisões, o relatório aponta que o ex-presidente "atuou diretamente na desinformação e ataque ao sistema eleitoral". Essa atuação está vinculada ao Núcleo de Desinformação, identificado como o "núcleo A".

O conteúdo do relatório permanece sob sigilo e está em posse do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no STF. No entanto, partes do documento foram obtidas pela CNN. Segundo a PF, o objetivo do grupo era claro: "manter Bolsonaro no poder".

Indiciamentos e repercussão

Após 22 meses de investigações, a PF indiciou Bolsonaro e outros 36 envolvidos. Entre eles estão ex-ministros do governo, como Anderson Torres (Justiça), general Augusto Heleno (GSI) e Braga Netto (Defesa e Casa Civil).

A lista inclui também o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

O inquérito abrange não apenas os ataques de 8 de janeiro, mas também tramas golpistas durante a eleição presidencial de 2022 e um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Em resposta às acusações, Bolsonaro afirmou no X (antigo Twitter): "O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei".

O ex-presidente também declarou: "Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar".

Perfil Brasil
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