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Em reunião da ONU, ministro Silvio de Almeida acusa Israel de 'punição coletiva'

Ministro defendeu a criação de um Estado Palestino, que conviva com o Estado de Israel, com condição imprescindível para a paz

26 fev 2024 - 13h54
(atualizado às 15h10)
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Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania discursa na tribuna do Segmento de Alto Nível da 55ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU
Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania discursa na tribuna do Segmento de Alto Nível da 55ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU
Foto: Ruy Conde - Ascom/MDHC

O ministro de Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, cobrou de Israel o cumprimento das determinações da Corte Internacional de Justiça para que um genocídio seja evitado na Faixa de Gaza e a libertação dos reféns sequestrados pelo Hamas, em 7 de outubro, durante o seu discurso na abertura da 55ª sessão do Conselho de Direitos Humanos das Organizações das Nações Unidas (ONU), nesta segunda-feira, 26.  

O ministro ainda chamou atenção para a 'desproporcionalidade do uso de força' por parte do governo de Benjamin Netanyahu, que cria 'uma espécie de punição coletiva' aos palestinos. "[Demonstro] nossa profunda indignação com o que acontece em gaza. Já em mais de uma oportunidade condenamos os ataques impetrados pelo Hamas e demandamos a libertação imediata e incondicional de todos os reféns", iniciou. 

"Mas também reitero nosso repúdio à flagrante desproporcionalidade do uso da força por parte do governo de Israel, uma espécie de ‘punição coletiva’, que já ceifou a vida de quase 30 mil palestinos – a maioria deles, mulheres e crianças –, forçadamente deslocou mais de 80% da população de Gaza, e deixou milhares de civis sem acesso à energia elétrica, água potável, alimentos e assistência humanitária básica", disse. 

"A criação de um Estado Palestino livre e soberano, que conviva com o Estado de Israel, é condição imprescindível para a paz. Consideramos ser dever deste Conselho prestigiar a autodeterminação dos povos, a busca da solução pacífica dos conflitos e se opor de forma veemente a toda forma de neocolonialismo e de Apartheid", completou o ministro.

Em outro trecho, Almeida cobrou de Israel o cumprimento das determinações da Corte Internacional de Justiça para que um genocídio seja evitado.  "Incitamos que Israel cumpra integralmente com as medidas emergenciais determinadas pelo tribunal [da ONU], no sentido que cessem as graves violações dos direitos humanos", afirmou.  Silvio de Almeida ainda citou o artigo II da Convenção de 1948 sobre a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio como justificativa para o governo israelense interrompa os ataques.  

Fonte: Redação Terra
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