Emmanuel Macron não aceita pedido de renúncia de premiê francês
Por intermédio de uma nota, o Palácio do Eliseu afirma que "o presidente pediu que Attal continue como primeiro-ministro por enquanto para garantir estabilidade ao país"
O presidente da França, Emmanuel Macron, negou o pedido de renúncia do premiê e aliado político, Gabriel Attal. Por intermédio de uma nota, o Palácio do Eliseu afirma que "o presidente pediu que Attal continue como primeiro-ministro por enquanto para garantir estabilidade ao país".
Attal havia entrado no gabinete do presidencial nesta segunda-feira (8) para apresentar a sua demissão a Macron após eleições parlamentares nas quais o campo político do governo perdeu o seu papel como o partido mais forte num parlamento dividido.
Être Premier ministre est l'honneur de ma vie.
Le lien que nous avons tissé est ce que j'ai de plus précieux.
Ce soir, la formation politique que j'ai représentée dans cette campagne ne dispose pas d'une majorité.
Fidèle à la tradition républicaine et conformément à mes… pic.twitter.com/DgcbNKoTLE
— Gabriel Attal (@GabrielAttal) July 7, 2024
O primeiro-ministro já havia emitido sinais sobre a renúncia no domingo (7). Ele seguiria a tradição política francesa dizendo que estava preparado para permanecer no cargo por mais tempo como interino, mas que cabia ao presidente tomar a decisão final.
Frente de Macron fica em 2º lugar nas eleições
A Nova Frente Popular, coalização de esquerda da França, conquistou 182 assentos no parlamento, segundo apontou a apuração dos votos do segundo turno das eleições legislativas do país. A aliança centrista de Emmanuel Macron, o 'Ensemble', ficou em segundo lugar, com 168 assentos. Já a coalizão Reunião Nacional (RN), da ultradireita de Marine Le Pen, conquistou 143 vagas. No 1ºturno, em 30 de junho, a RN obtever o primeiro lugar.
As três grandes coalizões (esquerda, centro e extrema direita) não conseguiram obter a maioria absoluta de 289 assentos no Parlamento da França. Portanto, a formação de um novo governo deverá ser negociada.
O resultado final do pleito deixará o parlamento da França dividido em três grandes grupos, com plataformas diferentes e nenhuma tradição de trabalho conjunto.