Empreendedorismo no Brasil: avanços e dificuldades fazem o brasileiro empreender
Em 2018, a tendência é que as pessoas continuem empreendendo para driblar a crise, mas as dificuldades como a burocracia e a falta de preparo ainda contrasta com a revolução tecnológica e a disponibilidade de tecnologias que ajudam a gerir e operar empresas. Em contrapartida, cada vez mais programas e mecanismos de incentivos estão sendo criados.
Nos últimos anos o Brasil tem estado na lista de países mais empreendedores do mundo, inclusive ficando à frente de países como Argentina, México e dos países do BRICS (bloco econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
No relatório da GEM (Global Entrepreneurship Monitor, 2016) o Brasil se destaca na categoria intermediária de países cujos negócios são impulsionados pela eficiência, na qual se destacam os avanços ligados à industrialização e ao ganho de escala em negócios - uma categoria intermediária na escala de "desenvolvimento". As outras duas são a de empreendimentos impulsionados por fatores (na qual a exploração de recursos naturais e o empreendimento de subsistência as principais atividades, que aponta menos desenvolvimento) e a de impulsionamento com base em inovação (que aponta mais desenvolvimento).
Os países mais avançados economicamente buscam empreendimentos focados e impulsionados por inovação, categoria liderada por países como Estados Unidos, Austrália, Canadá e outros menos conhecidos como Chipre e Eslovénia, todos com maior renda per capita e índice de desenvolvimento do que o Brasil, o que demonstra que há ligação direta entre o tipo de empreendimento e o ecossistema no qual o empreendedores estão inseridos.
Startups contribuem para mudança de perfil do empreendedorismo
Enquanto se desenvolve nas áreas de infraestrutura na economia o Brasil tenta pular etapas com a ajuda das startups (empresas altamente focadas em inovação e com potencial de crescimento exponencial). Segundo o site especializado na listagem e classificação de startups Startup Ranking, o Brasil atualmente é o 8º colocado em número de empresas, com quase 900 startups.
Os dados da Associação Brasileira de Startups (Absartups) mostram que o número é muito maior: com mais de 4.000 startups associadas à entidade possui cadastro de quase 40.000 empreendedores.
Essas empresas devem contribuir para a captação de investimento externo e para a evolução no perfil empreendedor do Brasil nos próximos anos, principalmente pela afinidade dos empreendedores nacionais com a área de tecnologia da informação, que permite que negócios sejam criados sem grandes custos iniciais. Segundo o empreendedor da área de TI para software gestão empresarial (ERP cloud ), Ronei Marques, a possibilidade de criar produtos e serviços de TI que serão consumidos no próprio país é interessante: "Ter foco inicial nos clientes regionais e nacionais, especialmente na área de tecnologia da informação para a gestão de empresas foi uma aposta certeira: sendo um país empreendedor no qual os micro e pequenos negócios estão investindo em software e eficiência administrativa nos levou de nenhum a mais de 1000 clientes em 3 anos". Para o sócio da GestãoClick, um sistema ERP , 2018 será um ano pautado na criação de novos negócios com potencial para não só ter sobrevida maior que o período crítico de um ano, mas que devem já nascer com mais chances de sucesso, porque tem investido em um bom controle financeiro e em planejamento.
País deve crescer em 2018, empreendedorismo deve se fortalecer
No final do mês de novembro, a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgou projeções que mostram o Brasil ascendendo economicamente nos próximos 2 anos. Mesmo mostrando perspectivas modestas de 1,9% (2018) e 2,3% (2019) o cenário deve trazer estabilidade necessária para a criação de novos negócios e para a manutenção dos empreendimentos criados no país.
Infraestrutura, Entidades e Programas vão impulsionar criação de negócios.
Entre os fatores que devem ajudar o crescimento do empreendedorismo no país estão melhorias na qualidade dos serviços de telecomunicações e Internet, o acesso a sistemas de gestão e os incentivos à criação de negócios como o Fundo de Coinvestimento Anjo (iniciativa do BNDES que lançou edital em 14 de novembro e aceita proposta até meados de janeiro de 2018), o programa Empreender Mais Simples (Banco do Brasil com apoio do Sebrae) e outros programas de instituições ligadas à pesquisa, desenvolvimento e inovação como Finep, Fapesp, Banco do Nordeste, Cnpq e incubadoras e aceleradoras de negócios.
Mais Informações
Startup Ranking
https://www.startupranking.com/countries
Relatório GEM
http://www.bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/70d1237672d36de1ba87890e4cb251cc/$File/7737.pdf
Renda per capita
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_pa%C3%ADses_por_PIB_nominal_per_capita
GestãoClick
https://gestaoclick.com.br/?utm_source=dino&utm_medium=divulgacao