Empresa apresenta sistema de produção inovador para viveiros de mudas florestais na ExpoForest 2018
Compatível com os viveiros atuais, o sistema é implantado sem investimentos e já está sendo aplicado em grandes empresas do setor
A ExpoForest, maior feira florestal dinâmica das Américas, está sendo realizada de 11 a 13 de abril deste ano. A expectativa para esta edição é receber mais de 30.000 profissionais de 20 países, que visitarão a feira para conhecer as mais novas tecnologias voltadas ao setor de base florestal. Setor que está atualmente em grande movimentação com a recente aquisição da Eldorado Brasil pela Paper Excellence por 15 bilhões e da Fibria pela Suzano, negociação estimada em R$ 40 bilhões.
Além de expositores de grande porte e de fornecedores de equipamentos e serviços que vão do aprimoramento genético à colheita, a ExpoForest será palco para startups que vão apresentar suas inovações aos maiores players do mercado.
É o caso da Correia Neto. Sediada em Londrina, no Paraná, a empresa está lançando um produto e um sistema produtivo na feira. O produto é o BGC (Berço Germinador Compostável). Ele é o substituto do tubete convencional, projetado para ter diferenciais como ser mais leve (pesa 80% menos), ser compostável, então pode ser plantado junto com a muda, o que elimina a logística reversa e com ela uma série de custos de operação. Além disso, ajuda no fortalecimento das plantas, pois promove maior enraizamento e evita problemas como choque pós-plantio, destorroamento do substrato e stress hídrico, comuns na operação de retirada das mudas dos tubetes na hora do plantio a campo.
Os 5 pilares do BGC: resistência mecânica, inércia, fragmentação, compostabilidade e degradação
Luiz Neto, pesquisador paranaense que desenvolveu o BGC, explica que o produto se baseou em 5 pilares: resistência mecânica, inércia, fragmentação, compostabilidade e degradação: "Pesquisamos por quase 20 anos até chegar ao modelo do BGC. Testamos em viveiros de vários portes, alguns entre os maiores do Brasil. Passamos por diversos tipos de materiais, inclusive celulose, mas ela não nos dava a resistência necessária para a operação dentro do viveiro. O tubete também precisava ser inerte, ou seja, não acrescentar nem retirar nada da planta. Então descartamos a celulose e focamos nossa pesquisa em algo que permitisse ao recipiente ter a resistência necessária para o trabalho no viveiro e que depois tivesse fácil fragmentação, compostagem e degradação, o que permitiria o plantio junto com a muda".
O BGC patenteado pela Correia Neto é produzido dentro dos próprios viveiros pelo seu sistema, que é composto por uma máquina que produz os tubetes BGC em alta velocidade, forno de moldagem e entubetador automático, chegando a moldar 350 BGCs por minuto.
Luiz Neto conta que o sistema foi estudado para ser eficiente tanto na produção de mudas quanto na viabilidade de sua implantação nos viveiros brasileiros: "O grande desafio foi criar algo que fosse um grande avanço para a agricultura, mas que também fosse viável e lucrativo para quem implantá-lo. Tivemos sempre em mente que não adiantaria criar uma solução que custasse milhões em equipamentos. Por isso projetamos o SIS BGC para ser completamente compatível com os equipamentos que os viveiros já têm em sua estrutura. Se o viveiro precisasse comprar novas bandejas, por exemplo, seria um investimento a mais a fazer. Com o SIS BGC ele usa as bandejas de sempre e economiza esse recurso para aplicar em outras melhorias para seu negócio".
Agora pertencente à Paper Excellence, a Eldorado Brasil foi uma das primeiras das grandes empresas do setor a conhecer e testar o sistema da Correia Neto. Com capacidade de produção de cerca de 30 milhões de mudas por ano, a empresa viu no SIS BGC uma solução para os desafios de redução de custos e maior automatização na produção de mudas nos viveiros.
A Correia Neto acredita que a velocidade de produção dos tubetes vai ajudar seus clientes a atender a demanda crescente para os próximos anos: "Temos recebido pedidos para conhecer o SIS BGC justamente por este fator. Uma dessas empresas tem a necessidade de produzir e plantar 350 milhões de mudas de eucalipto. Outra tem uma demanda de 3 bilhões de mudas de batata-doce voltadas à produção de açúcar e etanol para entregar em 3 anos. Isso só é possível quando se tem uma alta velocidade de produção e o SIS BGC é a solução que se encaixa bem nesse caso", afirma Luiz Neto.
Segundo a Correia Neto, a implantação do SIS BGC ajuda a baixar os custos de produção de mudas em relação à operação convencional, inclusive considerando os custos de operação do sistema, o que já seria uma vantagem competitiva para facilitar sua comercialização. Mas a empresa quer alcançar um bom percentual de mercado rapidamente e oferece sem custos, em regime de comodato, todos os equipamentos necessários para a operação. Desta forma, os viveiros não precisam investir na compra de maquinário e somente terão as despesas de instalação e funcionamento como frete e a película utilizada.
"Chamamos esse nosso modelo de comercialização de Retorno imediato sobre investimento, pois nossos clientes partem de investimento zero e começam a lucrar já no primeiro período", diz Luiz Neto.
Apesar de serem lançados na maior feira do setor florestal, o berço germinador compostável e o sistema produtivo da Correia Neto são aplicáveis a várias outras culturas em que se produzem mudas antes de ir a campo. A empresa já tem testes avançados com cana-de-açúcar, urucum, batata-doce e parcerias com grandes produtores e universidades para estudos de implantação nas culturas de café, bambu, cítricos, hortaliças e produção de flores.
Serviço: Expoforest 2018 - Feira Florestal Brasileira
Data: 11 a 13 de abril, das 9 às 17 horas Local: Horto Florestal Vale Aprazível, Rodovia Anhanguera (SP 330) km 258, Santa Rita do Passa Quatro-SP.
Informações e inscrições: www.expoforest.com.br
A Expoforestfaz parte do FDF (Forestry Demo Fairs), conselho que atesta qualidade e segurança das maiores feiras florestais dinâmicas do mundo.
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Sobre a Correia Neto Startup sediada em Londrina-PR, teve o início das atividades em 2017, com a consolidação das patentes de seu produto Berço Germinador Compostável e do Sistema Inteligente e Sustentável para produção de BGCs
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