Empresário e delator do PCC trazia R$ 1 milhão de joias na mala, diz site
Antonio Vinicius Lopes Gritzbach voltava de uma viagem feita para Maceió (AL) com a namorada
O empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, morto no Aeroporto de Guarulhos (SP), trazia na bagagem pedras preciosas, correntes, colares, pulseiras, brincos, anéis e um relógio Rolex. Todo o material, avaliado em R$ 1 milhão, foi apreendido pela Polícia Civil. Além dele, um motorista de aplicativo que estava no local também morreu.
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De acordo com o colunista do UOL, Josmar Josino, o corretor de imóveis estava voltando de uma viagem para Maceió (AL) com a namorada, que pegou a mala com os itens e demais pertences e saiu às pressas do local do crime. Ela estava na campanhia de um policial militar, que integrava a escolta do delator do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Ainda na madrugada de sábado, 9, ela foi ouvida pela equipe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde entregou as joias. Ao todo, foram apreendidas uma corrente prateada, 11 anéis com pedras rosadas e esverdeadas, seis pulseiras, dois colares em formato de pingo e com pingentes, e nove pares de brincos com pedras. Além disso, também foram apreendidas argolas e certificados de joalherias como Bulgari, Cartier, Cristovan e Vivara.
A coluna ouviu ainda fontes ligadas a Gritzbach, que informaram que ele havia ido para Maceió para cobrar uma dívida. O pagamento teria sido feito em joias.
Ao Terra, a Polícia Civil limitou-se a informar sobre que desde sexta, policiais da 2ª Delegacia da Divisão de Homicídios do DHPP atuam para esclarecer os fatos e que as investigações prosseguem.
Delator foi morto com dez tiros
A Perícia da Polícia Civil apontou que o empresário foi atingido por dez tiros de fuzil, dos 27 dados pela dupla criminosa, e que as balas transfixaram seu corpo. Ao desembarcar em Guarulhos, na tarde de sexta-feira, 8, Gritzbach seria recebido por policiais militares que faziam sua escolta, mas acabou sendo executado.
A Polícia Civil apreendeu os celulares dos agentes e investiga se eles possuem envolvimento com o caso. Os quatro foram afastados de suas funções. O aparelho da namorada do empresário, que fugiu do local após os tiros, também foi apreendido.
Armas localizadas
Um fuzil AK-47, calibre 7,62 mm, outro AR-15, calibre 5,56 mm, e uma pistola 9mm foram apreendidas, além de carregadores. De acordo com a PM, a localização ocorreu após uma denúncia anônima que levou as equipes até a Rua Guilherme Lino dos Santos, próximo ao GRU. O material estava em duas mochilas, em uma terreno baldio, próximo de onde os assassinos abandonaram o Volkswagen Gol preto usado no crime, ainda na sexta.
Nas mochilas também havia a placa do carro que pertence ao gol preto, licenciado em Carapicuíba, na Grande São Paulo. O monitoramento das câmeras do sistema de segurança estadual apontou que a última movimentação desse carro detectada aconteceu no dia do homicídio, às 22h14, no quilômetro 112,8 Rodovia Manoel Hipólito Rego, sentido Bairro Canto do Mar, Caraguatatuba.
A Polícia Federal determinou a abertura de um inquérito, neste sábado, para investigar o crime. O empresário era delator da facção criminosa PCC e foi morto a tiros por integrantes do grupo. Em nota, a PF afirmou que a investigação será realizada de "forma integrada" com a Polícia Civil de São Paulo.