"Enche de orgulho a nação brasileira", diz Gilmar Mendes sobre atuação de Moraes
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quinta-feira (19) que Alexandre de Moraes "enche de orgulho a nação brasileira". A declaração foi feita durante a sessão de encerramento do ano Judiciário, onde Gilmar destacou o papel de Moraes nas investigações sobre uma suposta tentativa de golpe para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Sem ignorar que dita trama ainda é objeto de investigação pelas instâncias competentes, é preciso mais uma vez ratificar: Vossa Excelência, ministro Alexandre, enche de orgulho a nação brasileira, demonstrando, ao mesmo tempo, ponderação e assertividade na condução dos múltiplos procedimentos adotados para a defesa da democracia em nossa pátria", declarou Mendes.
Como Moraes conduz as investigações sobre a tentativa de golpe?
As apurações, que estão sob a relatoria de Moraes, levaram a Polícia Federal (PF) a indiciar 40 pessoas pelos crimes de associação criminosa, tentativa de abolição do Estado de Direito e golpe de Estado. Entre os acusados estão o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-ministro Braga Netto, este último preso preventivamente no último sábado (14).
Durante a sessão, Gilmar Mendes também destacou a gravidade dos fatos revelados pelas investigações, que, segundo ele, causam "perplexidade e indignação" aos democratas. "Perante notícias públicas de que verdadeira organização criminosa estaria planejando típico golpe de Estado, é preciso reconhecer que chegamos a graus de paroxismos desconhecidos na história brasileira", afirmou.
As sessões plenárias do STF serão retomadas apenas em fevereiro, após o recesso do Judiciário.
STF mantém ministro como relator em investigações sobre tentativa de golpe
O STF decidiu manter Moraes como relator das investigações relacionadas à suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro havia solicitado o afastamento de Moraes, alegando imparcialidade, mas o pedido foi rejeitado pela maioria dos ministros.
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