Jarbas Soares/Redação Terra
Com o racionamento de energia imposto pelo governo federal, as vendas de lâmpadas fluorescentes explodiram, mas o consumidor não foi informado dos problemas que elas podem ocasionar. As lâmpadas econômicas podem "poluir" a rede elétrica e causar males ao meio ambiente.
Ao romper-se, a lâmpada fluorescente emite vapores de mercúrio, que são absorvidos pelos organismos vivos, contaminando-os. Se esse vapor for lançado em um aterro, certamente vai contaminar o solo e as águas.
Alguns países incluem a lâmpada fluorescente entre os produtos nocivos ao meio ambiente, por conter resíduos químicos. O mercúrio existente na lâmpada é um metal pesado que afeta o sistema nervoso se ingerido ou inalado. A solução para o problema ambiental é a criação de programas de conscientização e de reciclagem das lâmpadas usadas.
Poluição na rede - Segundo o coordenador do curso de pós graduação em energia da Universidade de São Paulo, Hildo Sauer, se as lâmpadas não estiverem dentro das especificações, podem trazer poluição eletromagnética à rede de transmissão. Essa poluição consiste em picos de energia na rede, que podem afetar o funcionamento ou até mesmo deteriorar aparelhos e motores elétricos mais sensíveis.
Para fugir de possíveis problemas em casa, Sauer aconselha que os consumidores comprem lâmpadas de empresas conhecidas e de boa reputação e fujam de produtos de origem desconhecida. "Quando a dona de casa vai a feira e compra um peixe, ela pode avaliar a qualidade do produto pelos olhos ou pelo cheiro. Com lâmpadas não há como diferenciar o bom produto do que tem qualidade inferior".
Sauer cita também outro problema: a explosão nos preços das lâmpadas fluorescentes devido a alta procura do produto.