Participação da indústria no PIB cairá 2% com crise de energia
Terça, 26 de junho de 2001, 13h30
A crise energética provocará uma queda de 2% na participação da indústria no PIB do Brasil. A previsão é do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), deputado federal Carlos Eduardo Moreira Ferreira, que participou ontem em São Luís da posse da nova diretoria da Federação das Indústrias do Maranhão (Fiema). A solenidade foi realizada ontem às 19 horas, na sede da Fiema, na Cohama. Em entrevista coletiva concedida horas antes da cerimônia, Ferreira falou sobre o racionamento de energia, os impactos e arriscou um prazo de dois anos para o fim da crise no Brasil. De acordo com o presidente da CNI, os setores da indústria mais afetados com o racionamento são o químico, o petroquímico, o automobilístico e o de alumínio. A CNI deve concluir até o final da semana uma pesquisa junto a 3,8 mil empresas para verificar o grau de desaceleração da economia no País em função da crise de energia. "A adesão da população ao racionamento está sendo positiva, mas trará conseqüências ruins para o setor produtivo", salienta Ferreira. Com a retomada do crescimento econômico, conforme destacou Ferreira, o índice de desemprego diminuía no País. No momento há uma espécie de bolha de desemprego, cuja extensão ainda não é possível dimensionar. É preciso ver como a economia vai se comportar nos próximos três meses.
Fonte : Investnews - Gazeta Mercantil
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