Bolívia se dispõe a aumentar venda de gás natural ao Brasil
Terça, 26 de junho de 2001, 15h01
Em entrevista, nesta terça-feira, em Brasília, o ministro de Energia da Bolívia, Carlos Contreras, afirmou que o governo de seu país está disposto a analisar o pleito brasileiro de aumentar o volume de exportação de gás natural. "Estamos com toda a disposição de negociar", afirmou Contreras.
O acordo Brasil-Bolívia, asssinado em 1992, prevê a importação de 40 milhões de metros cúbicos de gás natural boliviano até 2004. Segundo Contreras, a revisão do acordo poderá ser também reavaliada, já que as negociações neste sentido foram bem sucedidas, inclusive a questão do preço do produto, hoje adquirido em dólares pelo Brasil. Esse é um dos pleitos considerados fundamentais pelo governo brasileiro, que pretende aumentar a importação do combustível em caráter emergencial, com o objetivo de viabilizar o projeto de construção de termelétricas, a fim de fazer frente à crise energética atual.
Ampliação - O mercado de gás natural e seus derivados entre o Brasil e a Bolívia deverá ampliar-se "notavelmente" e, conseqüentemente, possibilitar o aumento do volume deste produto importado pelo Brasil para a implementação do projeto de construção de terméletricas. A afirmação foi feita hoje pelo presidente Fernando Henrique Cardoso.
Segundo Fernando Henrique, é muito promissor que as negociações estejam evoluindo, de maneira a garantir o cumprimento do acordo e do cronograma de compra definidos em contrato firmando entre os dois países em 1992. O presidente disse também que a Bolívia é um país fundamental no continente americano e na América do Sul. Segundo ele, o Brasil e a Bolívia enfrentam hoje novos desafios, resultantes das transformações da sociedade e da nova realidade nacional.