O Brasil tem capacidade para gerar 10 mil megawatts (MW) em energia eólica e 10 mil MW em novas pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) em um prazo de 7 anos. A previsão é do presidente da SIF Energies do Brasil, Henri Baguenier, que participou do seminário "Como preparar sua empresa para enfrentar a nova realidade da energia", realizado pela Câmara Americana de Comércio, em São Paulo. De acordo com ele, as condições físicas do Brasil para a geração de energia eólica são melhores do que aquelas encontradas na Europa. "Aqui os ventos são mais regulares do que na Europa e têm mais qualidade do ponto de vista da geração de energia", disse Baguenier, completando que essa qualidade é maximizada pelo trabalho exercido pelo Centro de Referência em Energia Eólica de Recife (PE).
O executivo afirmou que a construção de um parque eólico não é demorada, mas que esse processo só pode começar após 18 meses contados a partir da avaliação da área. "Esse é o tempo necessário para que façamos todas as medições no local antes da instalação."
O grupo francês SIF Energies, que é especializado em projetos de geração de energia renovável, está investindo no Brasil cerca de US$ 500 milhões para a geração de 500 MW em parques eólicos e PCHs. O projeto mais adiantado é o de um parque eólico no Ceará, já em andamento.
Baguenier explicou que o aumento dos investimentos da SIF Energies no Brasil dependerá de algumas negociações com o governo. "É uma questão de vontade política, o investidor deve sentir segurança em implantar seus projetos no Brasil. Precisamos da garantia de que a energia que produzimos será comprada, caso contrário não valeria a pena", afirmou.