Atualizado às 16h53A crise de energia pode estar fazendo o Brasil reativar o plano para a utilização da energia nuclear, paralisado desde 1985, quando ficou pronta a usina de Angra II. Com a crise, o governo está buscando formas de energia alternativas. Já foi divulgado o plano para a construção de usinas termelétricas e a construção da usina nuclear de Angra III não está descartada. A informação é do jornal Finantial Times.
“As chances para a conclusão da usina de Angra III estão crescendo; o clima hoje é mais favorável do que no passado”, afirmou o coordenador da Câmara de Gestão da Crise de energia, ministro Pedro Parente.
Segundo o jornal norte-americano, se o Brasil decidir reativar o programa nuclear seria um impulso global para o setor. Recentemente, o presidente George Bush demonstrou a intenção de construir as primeiras usinas nucleares desde os anos 70.
A Câmara para Gestão da Crise de Energia deve decidir se reinicia o projeto quando na segunda metade do mês de julho. Se aprovada, a decisão final iria ao presidente Fernando Henrique Cardoso. Alguns oficiais sugeriram que podem procurar a aprovação do Congresso antes de ir adiante.
O programa de energia nuclear do Brasil foi iniciado em 1968, então sob o governo militar, com planos para a construção de uma série de reatores. Apenas uma usina saiu do papel: Angra I. Apenas em 1996 a usina de Angra II entrou em funcionamento. Para concluir Angra III, o governo teria que gastar mais US$ 1,7 bilhão. A usina forneceria cerca de 1,35 MW para o sistema energético brasileiro.
Oferta de Energia - Parente adiantou que as medidas que serão anunciadas na quinta-feira pelo presidente Fernando Henrique Cardoso serão apenas as consideradas essenciais para o momento da crise. O plano completo de aumento de oferta de energia será anunciado posteriormente.
Leia mais:
» Presidente Fernando Henrique descarta apagão em julho