O investimento do governo representa apenas 30% do que será gasto. A maior parte, R$ 22,1 bilhões, virá da iniciativa privada. A previsão do governo é gerar, até 2003, 19.918,9 megawatts. Deste total, 4.058,9 estarão instalados este ano. Nos dois anos seguintes, a oferta será de 7.927 MW (2002) e 7.933 MW (2003). O maior percentual desta energia virá das 21 usinas hidrelétricas que serão construídas. As novas unidades gerarão 7.803 MW nos próximos três anos.

Fernando Henrique apresentou 15 usinas termelétricas que já estão em construção, a maioria na região Sudeste, mas afirmou ter propostas para a construção de 60 usinas. Ele disse que no momento não é possível construir todas, já que não há gás suficiente para que tantas usinas entrem em funcionamento ao mesmo tempo.

As 15 usinas termelétricas gerarão 6.420 MW. Um total de 1.048 MW virá da importação de energia da Argentina e mais 45,4 MW das 100 pequenas centrais hidrelétricas, a maioria financiada pelo BNDES.

Além dos investimentos em geração de energia nas usinas no Brasil, foi lembrada a ampliação das importações de energia, basicamente da Bolívia e da Argentina. O governo já tem planos para ampliar o gasoduto Brasil-Bolívia, além da Malha Nordeste e do gasoduto Linhares-Vitória.

O Presidente também falou sobre o esforço para a utilização de fontes alternativas de energia, como a eólica e a biomassa. Segundo o relatório, o Brasil tem potencial de biomassa para produzir de 1000 MW a 4000 MW de energia até 2003. Com a energia eólica, a previsão é de geração de 90 MW a 500 MW até 2003.

"Com os investimentos e as construções podemos assegurar que oferecemos energia suficiente para abastecer o Brasil de maneira a não haver mais crise a partir de 2003", disse o presidente.