A metade dos consumidores residenciais de energia em Minas Gerais recebeu o bônus por economizar mais de 20% de energia elétrica e gastar menos de 100 quilowatts/hora/mês (KWh), de acordo com a assessoria da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). O empenho no racionamento significou para a empresa um gasto de R$ 15,06 milhões em pagamento de bônus, que beneficia o consumidor em R$ 2 por cada real economizado além da meta.O que a empresa recebeu com a cobrança da sobretaxa não chegou a um terço do gasto com o bônus. A Cemig arrecadou R$ 4,2 milhões daqueles que não cumpriram a meta de 20% de economia. Antes do início do racionamento, 1,5 milhão de mineiros gastavam menos de 100 KWh, mas a adesão ao programa do governo elevou este número que, em julho, chegou a 2,1 milhões. O total de consumidores residenciais em Minas é 4,3 milhões.
Quanto aos cortes de fornecimento de energia para aqueles que não cumpriram a meta, a Cemig ainda não tem dados. Mas a empresa avisa que a capacidade de cortes é de 60 mil por mês, o que é pouco menos da metade dos consumidores que deveriam ser penalizados no mês passado (128.483). Diante deste quadro, a Cemig vai obedecer uma ordem decrescente de gasto dos reincidentes, para efetuar os cortes.
No final do mês passado, a empresa enviou à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) um demonstrativo de perdas acumuladas desde 1997, que totalizam cerca de R$ 500 mil. Este valor inclui as perdas com o racionamento de energia e a variação cambial.