Vendas da indústria caíram 1,19% nos primeiros meses do racionamento
Quinta, 06 de setembro de 2001, 14h22
Apesar da crise de energia elétrica e da mudança no quadro macroeconômico, a atividade industrial, em julho, registrou retração menor do que era esperado, de acordo com pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em 12 estados brasileiros. As vendas da indústria caíram 1,19% nos dois primeiros meses do racionamento em relação aos meses de abril e maio. No mês de julho, entretanto, as vendas apresentaram um crescimento de 2,33% com relação a junho, superando as expectativas da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo o deputado Carlos Eduardo Moreira Ferreira (PFL-SP), presidente da entidade, a queda mas vendas refleta mais a "perda temporária de confiança" dos consumidores e investidores do que uma restrição de oferta. Ainda segundo as previsões da CNI, os indicadores industriais não devem apresentar melhora em agosto. É que embora o programa de racionamento de energia elétrica tenha se tornado mais flexível, os juros mantiveram-se elevados. "O efeito da taxa de juros contaminou muito as expectativas", comentou Flávio Castelo Branco, chefe da Unidade de Política Econômica da CNI. A explicação para o crescimento de 0,60% dos salários em julho, descontado o efeito sazonal, foi o maior número de dias úteis em relação a junho, a correção de dissídios e o pagamento de férias coletivas.
Fonte : Agência Brasil/JB Online
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