Residências sofrem maiores aumentos da tarifa de energia, diz Idec
Segunda, 15 de outubro de 2001, 19h13
Os aumentos da tarifa de energia para os consumidores residenciais foram maiores do que para outros setores entre 1995 e junho de 2000. Um estudo apresentado pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), mostra que as residências tiveram aumentos de 129,85% no período, contra 77,49% e 73,41% para a indústria e o comércio respectivamente.O índice também ficou bem acima da inflação registrada pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor), do IBGE, que ficou em 72,75% no período. O estudo do Idec lembra que uma série de desconto foram progressivamente reduzidos, dentro de um contexto de redução de subsídios ao consumidor residencial, o que resultou em um forte aumento nas contas de luz. Para o Idec, o modelo de regulação adotado desrespeita os direitos do consumidor. "Hoje no Brasil, quem pode menos, além de pagar mais, está diante de uma perspectiva real e cruel de perder o acesso ao serviço público essencial de energia elétrica", diz Marilena Lazzarini, coordenadora-executiva do Idec. O Idec irá enviar o estudo ainda nesta semana à Presidência da República, à Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica, à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), ao Ministério das Minas e Energia e aos Procons de todo o país. Segundo Marilena, "é dever constitucional e legal do Estado e da Agência Reguladora (ANEEL) reverter essa situação, criando condições adequadas de acesso e de contraprestação do serviço essencial de energia elétrica."
Fonte : Redação Terra
|