Apesar do cancelamento do fim de semana prolongado na Bahia por determinação da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE), em todo o estado a população viveu uma sexta-feira com cara de feriado. Nas ruas não se verificaram os constantes congestionamentos, as lojas ficaram vazias, os bancos sem filas, e as escolas particulares sem aulas.O movimento também foi parcial em alguns colégios da rede pública e, embora fosse um dia normal de trabalho, muita gente aproveitou o sol forte para ir à praia. Nos municípios do sul do estado, onde a população assistiu a uma verdadeira reviravolta judicial em razão do cancelamento do feriado, rebatido através de uma liminar derrubada no final da tarde de ontem pelo Tribunal Regional Federal em Brasília, o clima não foi diferente.
Quem viajou precisou voltar às pressas para trabalhar. Na rodoviária de Salvador foram registradas apenas nove solicitações de ônibus extras. Da previsão antes do feriado, de embarque de mais de 80 mil pessoas nesse final de semana, a meta não chegou a 50%. Pela rodoviária saem, em média, 32 mil pessoas diariamente.
No terminal de São Joaquim, de onde partem os ferry-boats para as ilhas próximas à capital, os administradores admitiram queda de 15% na movimentação de passageiros. As estimativas dão conta de que pelo menos 11 mil pessoas deixaram de embarcar para a ilha de Itaparica.
Para cancelar o feriado na Bahia, o ministro Pedro Parente, coordenador da GCE, valeu-se de um dos artigos da Medida Provisória editada no dia 17 de outubro pelo governo federal, autorizando a Câmara a criar novos feriados ou cancelar alguns já programados.
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