Seca no São Francisco pode complicar fornecimento da Chesf
Sexta, 16 de novembro de 2001, 16h09
A seca na cabeceira do Rio São Francisco, volta a preocupar a situação no Lago de Sobradinho, principal abastecedor de água para o Complexo Hidroelétrico do São Francisco. Caso não chova nos próximos 30 dias na região, a barragem pode entrar em colapso. A falta de chuvas já motivou a paralisação de quatro usinas do Complexo de Paulo Afonso, mas técnicos da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) informam, porém, que a situação ainda é considerada satisfatória.
Sobradinho está gastando 1.100 metros cúbicos de água por segundo, e recebe apenas 600 metros cúbicos na mesma fração de tempo. A redução é de 40% em relação aos períodos de normalidade. Em razão disso, a usina de Sobradinho só está gerando 25% de sua capacidade.
O fornecimento ainda não foi comprometido, dizem os técnicos da Chesf, por causa da energia importada de Tucuruí, no Pará, de cerca de 25%, para complementar a demanda na região Nordeste.
O reservatório de Sobradinho tem sido monitorado diariamente e opera hoje com menos de 6% do seu volume útil. A última vez que a água chegou a este nível foi há quatro anos. Caso as chuvas não cheguem nos próximo dias, o governo federal se verá obrigado a intensificar as medidas de racionamento com prováveis apagões e novos feriados. Normalmente começa a chover em novembro na cabeceira do Velho Chico.