Entenda o que pode acontecer com ursa que matou corredor na Itália
Governo local quer sacrificar o animal, que já atacou outras pessoas. Já grupo de defesa dos animais quer enviar o mamífero para reserva
A Justiça italiana decidiu não sacrificar a ursa que atacou e causou a morte do corredor Andrea Papi, de 26 anos, em abril. O incidente ocorreu na floresta de Monte Peller, localizada na Província Autônoma de Trento, no norte da Itália.
A ursa, de 17 anos de idade e conhecida como Jj4, faz parte de um programa implementado há 20 anos na União Europeia com o objetivo de aumentar a população de ursos na região dos Alpes.
Na ocasião, havia preocupações sobre a possível extinção dos ursos no continente. Os pais de Jj4 foram transferidos da Eslovênia para a Itália como parte desse programa. Com o aumento da população de ursos, também houve um aumento nos encontros entre esses animais e as pessoas.
Jj4 atacou Andrea Papi enquanto ele corria em uma trilha na floresta de Monte Peller. Ela foi capturada no dia 18 de abril, depois de uma caçada de 2 semanas.
A Justiça da cidade de Trento solicitou mais informações sobre o ataque e suspendeu a ordem do governo local de sacrificar o animal até o dia 27 de junho. Segundo a agência de notícias Ansa, a corte aguarda os resultados da autópsia do corredor para tomar uma decisão sobre o destino da ursa.
O processo de execução da ursa pode ser adiado ainda mais, uma vez que um grupo de defensores dos direitos animais entrou com um pedido na Justiça para que ela seja encaminhada a um refúgio onde não represente risco para as pessoas.
Esse grupo sustenta que a possível razão do ataque de Jj4 ao corredor foi a presença de filhotes próximos à trilha. A família do homem expressou sua oposição à medida de sacrificar a ursa.
O líder do governo local de Trento, por sua vez, alega que a ursa Jj4 já havia atacado duas pessoas em 2020 e argumenta que a morte do corredor poderia ter sido evitada se a ursa tivesse sido sacrificada após esses incidentes.