ACM retoma papel de metralhadora giratória
Adriana Schnell/Redação Terra
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ACM, enquanto ainda presidia o Senado (JB Online/Arquivo)
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Uma crise capitaneada pelo ex-presidente do Congresso, senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), está afetando a relação entre os integrantes da base aliada (PFL, PMDB, PPB e PSDB) e o presidente da República, Fernando Henrique Cardoso. Em fevereiro, ACM voltou a acusar FHC de ser tolerante com a corrupção, levantando esquemas fraudulentos principalmente no Ministério dos Transportes, do peemedebista gaúcho Eliseu Padilha, e no Ministério da Integração Nacional, de Fernando Bezerra. Entre outras coisas, o ex-presidente do Congresso denúncia desvio de dinheiro nas superintedências de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e do Nordeste (Sudene).
As denúncias de ACM levaram alguns aliados e a oposição a começar uma campanha de recolhimento de assinaturas para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Como medida para conter os ataques do baiano, o presidente da República afastou em fevereiro dois apadrinhados políticos de ACM dos ministérios das Minas e Energia e da Previdência. Na guerra política, o presidente também está orientando os parceiros a não aprovar a criação da CPI da Corrupção e a aumentar a pressão sobre ACM, com o aprofundamento das apurações na Comissão de Ética sobre a fraude no painel de eletrônico de votação no Senado.
No final de março, em nota oficial, a direção nacional do PSDB, os governadores do partido e as lideranças na Câmara e no Senado - face à tentativa da oposição de criar a CPI da Corrupção - afirmou que o PSDB não dará respaldo às ações oportunistas da oposição e de alguns aliados circunstanciais.
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