Aldo Rebelo – O deputado do PC do B e presidente da CPI da Nike tem sido um inimigo da CBF desde o ano passado, quando começou a recolher assinaturas para investigá-la. Em março, nas discussões sobre a Medida Provisória do Futebol - que modificou a Lei Pelé -, Rebelo conseguiu, pela primeira vez, que a entidade mostrasse as cláusulas adicionais, secretas até então, do contrato com a fornecedora de material esportivo.
Antônio Carlos Magalhães – Se Álvaro Dias (PSDB-PR) é o autor da CPI do Futebol, o presidente do Senado é seu patrono. Graças à atuação de ACM, a Casa se antecipou à Câmara dos Deputados na criação da comissão para investigar os bastidores do futebol. Antes mesmo da criação da comissão, já criou polêmica ao afirmar que o salário do treinador do Cruzeiro, Luiz Felipe Scolari, será investigado .
Bancada do futebol – É formada por dirigentes-parlamentares que nos últimos anos já atuaram a favor da CBF e dos clubes nas discussões da Lei Pelé e na sua reformulação, este ano. Foi graças a eles que houve modificações nos principais pontos da Lei Pelé: o passe livre para os jogadores e os clubes-empresa. A bancada indicou cinco de seus representantes para integrar a CPI da Nike.
CBF – A Confederação Brasileira de Futebol, presidida desde 1989 por Ricardo Teixeira, é alvo das duas CPIs. Será investigada tanto pela Câmara quanto pelo Senado em razão dos contratos da seleção brasileira com a Nike.
Clube dos 13 – Entidade que reúne as 20 principais equipes do futebol brasileiro e é comandada pelo gaúcho Fábio Koff, ex-presidente do Grêmio. Koff poderá ser convocado a depor em razão das denúncias envolvendo clubes.
Dirigentes, técnicos, empresários e jogadores – Estarão no centro das investigações do Senado. Treinadores, empresários e jogadores serão ouvidos sobre as denúncias de sonegação de impostos. Os dirigentes também terão de depor sobre a relação entre os clubes e bingos. Entre os jogadores, Edmundo, do Santos, e Ronaldinho, da Inter de Milão, já foram convocados a depor em data ainda a ser marcada.
Eurico Miranda – O vice-presidente do Vasco e do Clube dos 13 é o nome mais conhecido da bancada do futebol e faz parte da CPI da Nike. Foi convocado a depor pela CPI do Senado.
J. Avilla – Empresário, é dono da empresa de marketing esportivo Traffic, que intermediou o contrato entre a Nike e a CBF. Teve o sigilo bancário quebrado pela CPI do Senado.
Juca Kfouri – O jornalista é um dos maiores críticos da CBF. Foi ouvido no ano passado nas discussões sobre a Medida Provisória do Futebol. O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, já defendeu em entrevistas que as denúncias de Kfouri sejam finalmente apuradas.
Nike – Dirigentes da multinacional norte-americana devem ser chamados a depor sobre o contrato com a CBF.
Pelé – O ex-jogador e ex-ministro deverá ser ouvido por suas denúncias contra a CBF e a lei que leva seu nome.
Receita Federal, Ministério da Previdência, Polícia Federal – Funcionários dos três órgãos deverão ser ouvidos no Senado em razão das denúncias de sonegação de impostos e falsificação de passaportes.