Sánchez de Lozada
Sábado, 30 de junho de 2002
O ex-presidente Sánchez de Lozada, do Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR), baseou sua campanha na necessidade de "sair da crise, derrotar a corrupção e combater a exclusão social". O empresário, de 71 anos, que obteve 36% dos votos em 1993 e foi ratificado pelo parlamento, costuma descrever-se como "o único político que chegou rico à presidência e não precisou roubar".
Radicado desde a infância nos Estados Unidos, como filho de um diplomata, e formado em filosofia na Universidade de Chicago, Sánchez de Lozada foi ministro do Planejamento e ufana-se de ter derrotado, em 1985, uma hiperinflação anual de 25.000%, com um choque que deu passagem para a aplicação do modelo neoliberal no país.
Como presidente, entre 1993 e 1997, fez um criticado processo de capitalização das principais estatais nos setores de petróleo, telecomunicações, aeronáutica e ferroviário. Transferiu o controle administrativo das empresas ao capital privado, apesar de ter mantido 49% dos papéis como "ações populares" para financiar aposentadorias. É acusado pelos adversários de "vendedor da pátria".
Reuters
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