José Manuel Durão Barroso
Sexta-feira, 15 de março de 2002
AP
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Barroso durante um comício
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José Manuel Durão Barroso, o candidato a primeiro-ministro de Portugal pelo Partido Social Democrata (PSD), começou a sua militância na extrema-esquerda e hoje defende um modelo de Estado neoliberal. Este advogado casado e pai de três filhos entrou na política dias depois da Revolução dos Cravos, quando ingressou no Movimento Reorganizado do Partido do Proletariado (MRPP), um grupo maoísta.
O aluno que acumulou notas excepcionais e que cursou Ciências Políticas em Genebra filiou-se em 1980 ao PSD. Aos 29 anos foi secretário de Estado de Interior no primeiro governo de Aníbal Cavaco Silva e, aos 36, ministro de Assuntos Exteriores.
Considerado como um dos "delfins" de Cavaco, Barroso conseguiu se destacar no cenário internacional com os acordos de paz em Angola (1991) e as negociações com a Indonésia sobre o futuro do Timor Leste. Em abril de 1996, uma grave crise no PSD levou Durão Barroso a liderança do partido.
Em outubro de 1999, foi candidato ao cargo de primeiro-ministro, mas seu partido foi a segunda força nas eleições daquele ano, ao conseguir 83 cadeiras, cinco a menos que em 1995. O Partido Socialista conseguiu eleger 113 deputados e seu candidato, Antonio Guterres, foi reeleito primeiro-ministro.
Principais idéias:
Religião: católico praticante, ainda que "não suficientemente assíduo", de acordo com a sua definição
Drogas: é contrário a descriminalização do consumo de drogas
Aborto, eutanásia e clonagem: não aprova
Economia: Já anunciou que se ganhar as eleições, vai impor um "plano de choque" para a economia. O objetivo é cortar os gastos públicos para poder reduzir os impostos, como meio para estimular os investimentos e a economia, e que uma de suas primeiras medidas será auditar as contas do Estado.
Redação Terra/EFE
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