Reativação econômica é prioridade para Durão Barroso
Segunda-feira, 18 de março de 2002
A reativação econômica, que foi bandeira da campanha eleitoral, se perfila como a maior meta de José Manuel Durão Barroso, líder do Partido Social Democrata (PSD), eleito primeiro-ministro de Portugal nas eleições do dia 17 de março. Quando apresentou seu programa eleitoral, no último dia 20 de fevereiro, Barroso havia declarado que "as finanças públicas estavam numa situação extremamente delicada" e prometeu medidas de ajuste para que Portugal nivele seu déficit em 2004.
O líder de centro-direita pediu a Assembléia que o apóie para poder aplicar medidas que podem ser impopulares. Ele anunciou um "choque fiscal" sobre os principais impostos, para propiciar a competitividade e estimular a produtividade. O pedido é necessário porque o partido de Barroso conseguiu apenas uma ligeira maioria no Legislativo o que torna indispensável uma política de alianças.
Vários analistas políticos lembram que a situação econômica não admite demoras e que a gravidade da crise é maior que a referida pelos candidatos durante a campanha. Apesar de elogiar o comedimento de Durão Barroso e de seu rival e agora líder da oposição, o socialista Eduardo Ferro Rodrigues, as análises insistem em que o tempo corre contra Portugal, que não aproveitou as ajudas européias para afiançar sua economia nos seis anos do governo de Antônio Guterres. A principal ameaça para Portugal, situado entre os países que menos crescem na União Européia, é a ampliação do bloco aos países do Leste, com prazo máximo em 2006.
EFE
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