O atual presidente francês de direita, Jacques Chirac, de 69 anos, foi reeleito para um segundo mandato presidencial com a ajuda de 25,5 milhões franceses. Chirac venceu o adversário de ultradireira Jean-Marie Le Pen com 82,21% dos votos. Le Pen, de 73 anos, obteve 17,79% do eleitorado, 5,5 milhões de votos. A abstenção registrada foi de 20,29% entre os 41,2 milhões de franceses inscritos para votar. Os números finais foram confirmados pelo Ministério do Interior.

Ao ter confirmada a sua reeleição, Chirac declarou que a "França reafirmou seu compromisso com os valores da República", em discurso no seu QG de campanha. O presidente, com um mandato de cinco anos, disse que colocará "a república a serviço de todos". O primeiro-ministro também já foi escolhido: é o conservador Jean-Pierre Raffarin, que formará um governo interino até as eleições parlamentares de junho. Jospin renunciou ao gabinete logo depois da derrota nas urnas.

O candidato ultradireitista Jean-Marie Le Pen reconheceu sua derrota minutos depois de conhecidos os resultados. Le Pen afirmou que a vitória de Chirac é "uma tremenda derrota da esperança francesa". Chirac, que concorreu pela quarta vez a presidente (1981, 1988 e 1995), tinha conseguido 19,88% dos votos no primeiro turno, e Le Pen 16,86%.

A taxa de participação em 80% do eleitorado inscrito ficou bem acima do recorde de abstenção de 28,4% do primeiro turno, disputado em 21 de abril. O comparecimento é creditado à grande mobilização orquestrada nas ruas, numa reação depois do primeiro turno que consagrou a disputa do ultradireitista tirando de cena o candidato socialista Lionel Jospin. O 1º de Maio foi marcado este ano pelo protesto de mais de um milhão de pessoas contra a extrema direita.

Redação Terra