Entenda o conflito nacionalista de ódio nos Bálcãs
André Malinoski/Redação Terra
O atual conflito nos Bálcãs tem algo em comum com a Segunda Guerra Mundial. Um dos principais motivos que conduziram os alemães aos campos de batalha foi o nacionalismo instigado por Adolf Hitler. Nos Balcãs, uma região localizada bem ao leste europeu, existem diversas populações e costumes misturados. Todos são nacionalistas.
Como na Alemanha da Segunda Guerra Mundial, um líder negativo surgiu nos Bálcãs. O
sérvio Slobodan Milosevic soube como poucos explorar o nacionalismo na região. A partir de suas
ordens - que pregavam uma limpeza étnica -, as outras comunidades da Iugoslávia começaram a ser perseguidas e mortas.
Após a Primeira Guerra, a Sérvia aumentou o seu território e teve o seu nome trocado para
Iugoslávia. Foram agregados os territórios da Bósnia, da Croácia, da Sérvia, do Kosovo, da Eslovênia, da Macedônia e de Montenegro. Com diversas religiões, costumes e línguas, a região dos Bálcãs sempre foi de certa instabilidade. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Croácia se separou da Iugoslávia e foi governada por um partido fascista. Cerca de 500 mil sérvios foram mortos no período, e a atrocidade foi utilizada por Milosevic para uma vingança que continua em prática ainda hoje pelas mãos de rebeldes.
A tensão reinou nos Bálcãs até a queda da Cortina de Ferro no leste europeu. Nestes dez anos, iniciou um
processo de independência das Repúblicas, ao qual os sérvios resistiram à força. Guerras na Eslovênia,
Croácia, Bósnia e Kosovo se tornaram algo cotidiano. Intervenções dos europeus e até dos EUA se mostraram um fracasso. A região segue um caminho parecido com o da briga entre palestinos e israelenses no Oriente Médio. Um conflito de ódio eterno.
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