Como decidir o que fazer com uma cidade considerada sagrada por três religiões? E acima de tudo como resolver um conflito aparentemente insolúvel entre duas delas? Este é um dos pontos mais difíceis nas negociações entre judeus e muçulmanos: ambos querem a cidade sagrada. Todos querem controlar a cidade construída pelos reis judeus, onde Cristo viveu e para aonde Maomé foi depois de ser expulso de Meca.
Para as três religiões Jerusalém é um local sagrado, destino de peregrinações e orações, mas judeus e palestinos muçulmanos reclamam o direto ancestral de dirigi-la. O problema é desde romanos, passando por israelitas e fatimidas, praticamente todos os povos já dominaram a região. E nenhuma das duas partes admite um governo desvinculado da religião.
Leia abaixo mais dados sobre Jerusalém
Cidade santa de três religiões |
Com mais de 3.000 anos de antigüidade, Jerusalém se reveste de um caráter sagrado para judeus, muçulmanos e cristãos. Durante 19 anos, entre 1948 e 1967, esteve dividida entre Israel e o reino da Jordânia. A divisão foi resultado da primeira guerra israelense-árabe e separava os setores ocidental (judeu) e oriental (árabe).
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Jerusalém oeste |
Foi proclamada capital do estado de Israel em 1948. Após a guerra dos Seis Dias (1967), a parte oriental da cidade foi anexada.
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Locais sagrados |
A Cidade Santa é o coração do setor oriental. Ali encontram-se os lugares sagrados do cristianismo - Santo Sepulcro -, do judaísmo - Muro das Lamentações, e o terceiro lugar santo do Islã - a Esplanada das Mesquitas.
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Jerusalém hoje |
Hoje, a superfície do município é o triplo da superfície ocupada por Jerusalém em 1967, devido à construção de um cinturão de onze bairros judeus na periferia da cidade árabe. Em 1967, a cidade tinha 200 mil habitantes. Hoje, são 600 mil. Duzentos mil palestinos vivem na parte oriental da cidade. Têm um visto de residência permanente mas não a cidadania israelense.
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