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Emissário para o Oriente Médio tem boas relações com árabes

AP
Zinni se reuniu com Sharon em outubro de 2001 (AP)
Terça-feira, 02 de abril de 2002
O general norte-americano da reserva Anthony Zinni, foi designado para atender o Oriente Médio como emissário de Washington. O militar de campo que pouco a pouco se converteu à diplomacia, foi nomeado em novembro de 2001 ao posto de conselheiro especial para o Oriente Médio e imediatamente viajou à região para assistir, quase impotente, a uma explosão de violência sem precedentes desde o começo da última Intifada em setembro de 2000. Depois de três semanas foi chamado para consultas em Washington.

O militar da reserva, de 58 anos, participou da Guerra do Vietnã. Até o ano 2000, ele era comandante das forças norte-americanas para uma região que compreende África, Oriente Médio, Ásia Central e do Sul. Um posto tanto diplomático quanto militar, que lhe permitiu em particular conhecer - e obter a estim a- de muitos dirigentes árabes. Prova dos vínculos tecidos por Zinni com dirigentes árabes para reforçar o apoio à política norte-americana em relação ao Iraque é uma medalha ao mérito concedida pelo governo egípcio e a manchete de um jornal israelense no dia seguinte à sua nomeação: "General Zinni, o amigo dos sauditas".

Nascido a 17 de setembro de 1943 na Pensilvânia numa família de imigrantes italianos, Anthony Zinni estudou economia na universidade de Villanova, e em 1965 ingressou no Corpo de Fuzileiros Navais como tenente. Comandante de uma companhia em 1970 no Vietnã, onde foi ferido, seguiu com sua carreira militar servindo em várias partes do mundo. Em 1993, comandou a desastrosa expedição norte-americana à Somália, batizada de "Restore Hope". Nessa expedição, soldados norte-americanos foram atacados e 18 deles foram mortos por milícias locais.

O ex-militar descrito pelo Washington Post como "um guerreiro, um diplomata e intelectual", afirma ter aprendido com seus fracassos. Entre 1996 e 2000 dirigiu o Comando Central Americano (US Central Command), posto que o levou a trabalhar não só no Oriente Médio, como também na Ásia Central, confrontada à questão dos extremistas islâmicos, e no sul da Ásia, para tentar uma aproximação entre Índia e o Paquistão.

Redação Terra


 
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