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O plano Tenet

Reuters
George Tenet (Arquivo)
Terça-feira, 02 de abril de 2002
O plano Tenet para um cessar-fogo entre israelenses e palestinos foi elaborado pelo diretor da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), George Tenet, mas jamais foi aplicado. A aplicação das regras estipuladas por ele são exigidas por ambos os lados, mas nenhum consegue cumprir suas próprias obrigações.

A seguir, os principais pontos deste plano - que deveria entrar em vigor a partir de 13 de junho de 2001.

Os palestinos devem comprometer-se com o seguinte:
» Deter, interrogar e prender os membros de organizações palestinas radicais acusados por Israel de preparar atentados terroristas e cuja lista, que compreenderia várias dezenas de nomes, foi entregue à Autoridade Palestina.
» Entregar a um comitê misto de segurança os nomes das pessoas detidas.
» Confiscar os morteiros e outras armas ilegalmente em poder dos palestinos, em violação dos acordos de Oslo de 1993.
» Fechar as fábricas de obuses de morteiros.
» Entregar a Israel todas as informações sobre projetos de atentados.
» Impedir o contrabando de armas.
» Pôr fim às incitações oficiais à violência e aos atentados contra Israel e as colônias judias.
Israel deve comprometer-se com o seguinte:
» Abster-se de atacar as instituições civis ou militares da Autoridade Palestina.
» Abster-se de utilizar armas mortais para dispersar manifestações.
» Tomar medidas contra seus cidadãos responsáveis por atos de vingança ou de incitação à violência contra os palestinos.
» Investigar as mortes de palestinos não-envolvidos em ações terroristas e que perderam a vida em enfrentamentos com o exército.
» Libertar os palestinos detidos que não participaram em atividades terroristas, em particular os manifestantes que jogaram pedras.
» Retirar as forças israelenses para posições anteriores ao início da intifada, em 28 de setembro de 2000.
» Levantar o cerco dos territórios palestinos e o bloqueio interno das cidades palestinas.
As duas partes devem comprometer-se com o seguinte:
» Impedir indivíduos ou grupos que utilizem os setores sob seu controle para atos de violência ou como refúgio de tais atos.
» Reunir-se uma vez por semana para tomar medidas concretas para reativar a cooperação em termos de segurança.
» Reativar os escritórios de ligação israelense-palestinos.
» Concentrar-se regularmente no que se refere à segurança mediante vídeo-conferência graças ao material entregue pelos Estados Unidos.

AFP


 
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