Painel Eletrônico
Como funciona o painel |
1 - O operador digita no sistema as matérias na pauta do dia e seleciona qual será votada
2 - O presidente aciona em seu terminal o início da votação
3 - Para votar o senador digita sua senha e escolhe a opção (sim, não e abstenção)
4 - O voto é computado em uma das três "gavetas" virtuais que corresponde a sua opção.
5 - Quando o presidente da mesa encerra a votação o sistema soma os totais de votos para cada opção.
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As falhas encontradas |
» Senadores podem computar sua presença mesmo sem estar no plenário
» Um usuário pode votar mais de uma vez, já que o último voto sobrepõe os anteriores
» Com a senha de um senador qualquer pessoa pode votar de qualquer lugar do Senado
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O Senado comprou o sistema do painel eletrônico no ano passado e até o dia 17 de abril ele era considerado inviolável. Neste dia um laudo dos técnicos da Universidade de Campinas comprovou, além da denúncia de que era possível quebrar o sigilo do sistema, várias outras falhas.
Com a divulgação do laudo da Unicamp os técnicos do Prodasen, que afirmavam que o sistema era a prova de falhas, admitiram que fraudaram o painel antes da votação da cassação do ex-senador Luiz Estevão. A ex-diretora do Prodasen Regina Célia Borges, seu marido, Ivar Ferreira, e outros dois técnicos confessaram que mudaram a programação para que os votos dos senadores não fossem secretos.
Este artifício foi conseguido da seguinte forma: o sistema do painel admite dois tipos de votação, nominal ou secreta. Na primeira, quando o senador vota seu nome é direcionado para uma pasta e o voto para outra, onde existem três "gavetas" correspondentes a SIM, NÃO e ABSTENÇÃO. Ambos, nome e voto aparecem no painel.
Já na votação secreta o sistema é o mesmo, só que o nome do senador é substituido por um X. Assim, no painel só o voto será mostrado. Foi a operação responsável por encobrir o nome do senador que os técnicos alteraram. No painel o nome continuou não aparecendo, mas no arquivo geral os votos foram ligados ao nome de cada senador.
Outra falha - Além deste problema o sistema do painel eletrônico do Congresso também admite que senadores que não estão no Plenário marquem sua presença. Com isto eles são pagos mesmo sem votar.
O defeito foi descoberto pelo senador Romeu Tuma e um técnico do Prodasen. Em poucos minutos eles descobriram que vários senadores podem ter recebido sem trabalhar. Segundo Tuma, a Comissão de Ética também vai investigar este delito.
Redação Terra
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