O senador José Roberto Arruda (sem partido-DF) foi no dia 27 de maio de 2001 para a tribuna do Senado anunciar sua renúncia. A manobra foi uma jogada para evitar a cassação e, assim, manter os direitos políticos. O senador disse que já havia sido julgado e que não teria chance de se defender das acusações de quebra do decoro parlamentar. O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) deve optar também pelo pedido de renúncia que, conforme informação confirmada pelo PFL, ocorrerá na próxima quarta-feira
Os dois políticos são acusados de violar o painel de votação eletrônica da Casa. Ontem, os integrantes do Conselho de Ética do Senado aprovaram, por 13 votos a dois, o relatório do senador Saturnino Braga (PSB-RJ) que pediu a abertura de processo por quebra de decoro parlamentar de ACM e Arruda. Agora, o processo será enviado à Mesa Diretora do Senado, que terá 15 dias para se pronunciar sobre o caso.
As renúncias dos dois senadores encerram a possibilidade de abertura de um processo administrativo da Mesa Diretora e garantem a manutenção dos direitos políticos de ambos. Entretanto, nada impede que o Ministério Público solicite um novo processo para averiguar a culpa dos ex-senadores no caso do painel. Além disso, as renúncias também significam a perda da imunidade parlamentar, deixando ACM e Arruda vulneráveis a qualquer tipo de processo criminal.
Volta