Karol Wojtyla: de Lolek a João Paulo II
Carolina Cimenti/Redação Terra
Karol Wojtyla nasceu no dia 18 de maio de 1920, uma época de guerra entre a Polônia e a República Soviética, na cidade de Vadovice. Sua mãe, Olga, tinha a saúde debilitada, mas o mimava muito. Chamava Karol de Lolek e às vezes de Lolus - o diminutivo do apelido. Seu pai era um tenente do exército polonês, mas velho demais para ir ao front, por isso, sempre ajudou na criação dos filhos. Karol tinha também um irmão mais velho, Edmund, por quem nutria muita admiração.
Antes dos 21 anos, o futuro papa já havia perdido toda a sua família. A mãe morrera quando ele tinha apenas oito anos. Pouco depois morreu o irmão, que estudava medicina e foi vítima de uma epidemia em um hospital. Em 1941, morreu seu pai em um dos mais rigorosos invernos da Polônia. Nesta época, Karol Wojtyla, que adorava poemas, escreveu um lembrando a dor e Deus:
Sei que sou pequeno/ Mas há outros ainda menores que eu/ Ele me escolheu, Ele me lança nas cinzas/ Ele pode fazer isso - mas por quê?/ Por que fazer isso comigo?/ Ele é o provedor.
Bem antes de se tornar o Papa João Paulo II, em 16 de outubro de 1978, Wojtyla já era um
exemplo de cidadão. Da infância em Vadovice aos retiros religiosos no Vaticano, ele foi o melhor aluno nas escolas e universidades por onde passou. Falava alemão, latim e grego.
Adorador do futebol, Karol não só teve diversos amigos judeus, como jogava freqüentemente como goleiro no time dos judeus de sua cidade. Aos 14 anos, atuou como ator e roteirista em peças de teatro em Cracóvia, trabalhou como britador em uma pedreira e até entrou na lista negra do nazismo, que ocupou a Polônia de 1939 a 1945.
Wojtyla virou padre aos 26 anos, arcebispo aos 43 e cardeal aos 46. |